Uma exposição de fotos de mães amamentando com o propósito de incentivar o aleitamento materno foi realizada no Paço Municipal, nesta terça-feira (22), na segunda edição da Hora do Mamaço. A iniciativa, que marca o fechamento das atividades do Agosto Dourado, foi construída a partir do acompanhamento de mulheres que são atendidas e auxiliadas neste período pelo programa Primeira Infância Melhor (PIM). Somente em Pelotas, atualmente, aproximadamente mil mães com crianças de zero a quatro anos e 40 gestantes são orientadas pela política de desenvolvimento da primeira infância.

"Essas fotos traduzem um pouco do trabalho que o programa faz promovendo a amamentação em domicílio", diz a coordenadora de saúde do PIM no Município, Jaqueline da Silva. Além das imagens expostas para a conscientização através da arte, as cinco mães e seus filhos, que são os protagonistas da exposição, também foram convidadas a comparecer à Prefeitura para a promoção de uma amamentação coletiva. "É um momento em que a gente coloca as mães para amamentar em um espaço que não é domiciliar para elucidar que isso tem que ser um ato normal", destaca.

Promovida pela segunda vez dentro das atividades do Agosto Dourado, a Hora do Mamaço elege um espaço público para a reunião de mães com o propósito de quebrar os preconceitos que, apesar da amamentação ser um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ainda atingem as mulheres. "É um ato demandado pelo bebê. Se a mãe está na loja, na praça, numa festa, ela só precisa ter o direito de sentar e amamentar", ressalta a coordenadora.

Direito assegurado
Uma das mulheres que exercem seu direito de amamentar em qualquer local e é acompanhada pelo PIM é Andressa Matos. A mãe que aparece com a filha de dois anos nas fotos da exposição segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e estendeu o aleitamento após o período de alimentação exclusiva até os seis meses de vida. "É para o desenvolvimento e para a saúde dela. Mesmo já tendo passado o período recomendado eu pretendo deixar por ela quando quiser [parar de mamar]", conta.

Além disso, para as mães que, por algum fator, não têm condições de amamentar, a Secretaria Municipal de Saúde informa que o apoio pode ser buscado em Unidades Básicas de Saúde (UBS). "Por isso a importância das consultas de puerpério e para o recém-nascido, onde são tratadas estas temáticas" diz Carmen Viegas, coordenadora da Rede de Atenção à Saúde Materno Infanto Juvenil (Remi).

Já o acesso a banco de leite materno é realizado nos hospitais com atendimento materno-infantil: Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE/UFPel) e no Hospital Universitário da Católica de Pelotas (HU/UCPel).