Prejuízos
Hora de contabilizar os prejuízos com o granizo
São Lourenço e Canguçu se preparam para publicar novo decreto de emergência
Os relatórios das perdas ainda não estão concluídos, mas a decisão já está tomada: as prefeituras de Canguçu e de São Lourenço do Sul irão preparar novo decreto de emergência. Desta vez devido aos estragos do granizo. Mais de mil famílias da zona rural dos dois municípios, que já eram castigadas pela estiagem, agora sofrem o efeito das pedras de gelo, que acabaram de arrasar as lavouras que resistiam à falta de chuvas.
Esta quarta-feira (28) foi dedicada a levantamentos. Equipes da Defesa Civil e da Emater percorreram as localidades atingidas e ainda não é possível indicar o tamanho do prejuízo. O que já se sabe desde a tarde de terça-feira - quando caiu o granizo - é a vastidão do desânimo que se abate sobre a comunidade. E, ainda assim, é preciso voltar ao trabalho nas lavouras.
Canguçu: destruição no campo e na cidade
O mutirão recomeçou cedo, por volta das 6h30min, no campo e na cidade. A estimativa é de que até 600 propriedades possam ter sido afetadas na zona rural, entre o 2º, o 4º e o 5º distritos. As culturas de fumo, de soja e de milho contabilizam as maiores perdas.
A família de Jozi Amaral da Cunha, 38, percorria as plantações e fazia contas na tarde desta quarta. "Calculamos que o nosso prejuízo seja de, pelo menos, R$ 70 mil. É um investimento grande que se faz", afirma. E garante que mesmo com os valores que venham a ser obtidos através do Proagro, na soja, e da Afubra, no fumo, as perdas não irão cobrir todo o desembolso inicial. Até porque, na soja, apenas cinco dos 11 hectares estão segurados.
"Foram 33 minutos de terror", resume a produtora da localidade de Passo do Vime. "Foi como se um formigueiro enorme tivesse passado. Só sobraram migalhas", desanima-se.
Na área urbana, em torno de 200 residências da vila Fonseca e da Pedreira tiveram as telhas perfuradas. Alguns moradores preferiram, inclusive, deixar as casas e buscar abrigo com parentes e também no Ginásio Municipal - conta o coordenador da Defesa Civil, Jardel de Oliveira.
São Lourenço: estragos concentrados na zona rural
Cerca de 500 famílias do interior, das localidades de Santa Augusta, Taquaral, Canta Galo, Faxinal, Santa Tereza e parte de Pinheiros, foram atingidas pelo granizo. E as pedras não espalharam destruição apenas em lavouras, em casas e galpões. Carros também tiveram vidros quebrados e animais, como galinhas e gansos - que não conseguiram se proteger - morreram.
A expectativa é de que o levantamento só esteja finalizado dentro de quatro dias - projeta o coordenador municipal da Defesa Civil, Valdoir Ribeiro. Nesta quarta, pela manhã, uma reunião foi realizada junto à Casa Civil, em Porto Alegre, para liberação de materiais, como telhas, lonas e cestas básicas.
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