A ausência de dez profissionais na quarta-feira (18)  pela manhã ao Hospital de Caridade de Canguçu levou a direção da casa de saúde a suspender as internações em diferentes setores e manter apenas o serviços de urgência e emergência. Conforme o presidente do hospital, Delaci Borges Pinto, os profissionais apresentaram atentados de saúde, alegando impossibilidade para trabalhar. "Sem equipes completas não tínhamos outra alternativa", argumentou o presidente.

De acordo com o Departamento de Recursos da instituição, os faltantes são técnicos de enfermagem. Ao todo, os profissionais somam 68, que se dividem em quatro turnos, além de folguistas.

A administração prefere não falar sobre a situação da casa de saúde, segundo Delaci, para evitar tumulto. No começo do mês, em entrevista ao Diário Popular, o gestor administrativo na época, Mário Luiz Fonseca, apontava a falta de repasses e incentivos como a causa do não pagamento dos salários de servidores, razão pela qual o profissionais estão deixando de comparecer ao trabalho.

Naquela oportunidade, 180 funcionários estavam sem receberem os salários de fevereiro, o pagamento do 13º salário de 2016 e de 2017, assim como as férias. O montante em aberto somados os atrasados de janeiro e de fevereiro - a maioria por parte do Estado, mas também da União - chega a aproximadamente R$ 400 mil. Seria o suficiente para quitar a folha de fevereiro, de cerca de R$ 320 mil, e a terceira de seis parcelas do 13º salário de 2016.