Sinistro

Incêndio destrói três casas em Pelotas

O fogo teria começado após a explosão na Padaria Vernetti e atingiu os prédios ao lado

Por: Cíntia Piegas e Laura Marques
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A manhã desta quinta-feira foi de susto, tensão e medo de quem conseguiu escapar das chamas na Padaria Vernetti, em Pelotas. Os bombeiros agiram rápido, mas as duas casas ao lado, além do estabelecimento, tiveram perda total. Na rua, moradores e funcionários olhavam incrédulos para o fogo que consumia, aos poucos, o patrimônio. O choro incontido das vítimas emocionava amigos e vizinhos que abriram as portas das casas para guardar o pouco que foi salvo, como colchões, televisores e roupas.

O morador da casa ao lado da padaria contou à reportagem que a mãe dele saiu às 6h30min para trabalhar e ele ficou dormindo. "Eu ouvi um barulho, mas achei que era do movimento da rua, onde passam caminhões e ônibus." Quiti, como prefere ser chamado, disse que não ligou. Mas acabou despertado ao saber que funcionários estavam encerrados dentro do prédio em meio ao fogo. Duas televisões, um colchão e algumas roupas foram os itens salvos pela família. "Eles [vítimas] estavam correndo risco e liguei para os bombeiros. A nossa casa é muito velha e colada da padaria. Quando percebi, o fogo já tomava conta do meu forro", relata.

A esposa de Quiti, Raíssa Edon, 22, conta que ajudou a arrombar a porta da padaria para que os funcionários saíssem. Em seguida, acionou os bombeiros. Ela também diz que o incêndio foi provocado pela explosão de um botijão de gás do estabelecimento. Já o Corpo de Bombeiros afirma que há possibilidade de alguma pane no sistema elétrico. A origem será apurada pelo corporação. 

Muito nervosa, uma das mulheres que estava dentro da Padaria Vernetti não sabia da origem da explosão. "Tivemos que quebrar as telhas e sair pelo forro", falou. A panificadora funciona há 20 anos e é conhecida pelas esfirras.

Na última casa a ser atingida pelas chamas - e onde funcionava uma oficina de televisão - nada restou. Albino Perleberg, 80, morava no local junto com a esposa, Hilda Perleberg, da mesma idade. Os bombeiros tentavam combater o fogo pela porta de entrada e pela dos fundos para evitar que fagulhas se espalhassem para outras residências, já na rua Professor Araújo.

O senhor consertava televisões no local há mais de 30 anos. Ele e a esposa passam bem. Os dois dormiam quando o incidente começou. "Estava cheio de fumaça lá dentro. As coisas já estavam caindo. Foi tempo de tirar eles só. Não deu pra salvar nada", fala a filha do casal, Kátia Perleberg. 

Pela intensidade do fogo, os dois caminhões do Corpo de Bombeiros não deram vencimento e foi preciso fazer revezamento. Por volta das 8h, o fogo estava quase controlado. Próximo às 10h, os bombeiros realizavam a retirada do material queimado de dentro das casas, que ainda estavam cercadas de muita fumaça. Agentes de trânsito e médicos do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) também auxiliavam na ocorrência.

As causas do incêndio serão divulgadas após laudo pericial. 

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