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Inovação na mobilidade pelotense

O serviço de locação ainda não chegou na cidade, mas já existem pessoas que já adotam o meio de locomoção alternativo

Jô Folha -

Os patinetes elétricos crescem cada vez mais no Brasil, e isso acontece desde que o serviço de aluguel desses equipamentos se popularizou nas grandes cidades. A inovação ganhou destaque e agrada desde as crianças até os idosos. Em Pelotas, o serviço de locação ainda não chegou, mas já existem pessoas que já adotam o meio de locomoção alternativo.

É o caso do estudante de Engenharia da Computação Gustavo Iribarrem, que aderiu o patinete como o seu principal transporte há cerca de três meses. O primeiro contato com a condução surgiu durante um intercâmbio em Portugal. "Lá eu usava em diversas cidades e fui percebendo como era prático", explica. Ele conta que devido a problemas de visão foi impossibilitado de iniciar as aulas da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), então a alternativa foi o patinete. "Eu gastava muito com ônibus e demorava mais tempo para me locomover", destaca o estudante.

Iribarrem utiliza a condução diariamente para deslocar-se ao trabalho e à faculdade. A escolha pelo patinete e não pela bicicleta, por exemplo, foi pelo tamanho reduzido e mobilidade que o equipamento oferece. O bicicletário do prédio onde mora já está lotado e para guardar na universidade também seria um problema. "Eu dobro ele e guardo dentro de casa e também levo pra sala de aula", diz.

Sobre as dificuldades ainda enfrentadas no trânsito pelotense, ele ressalta que as pessoas, tanto pedestres como motoristas, não têm conhecimento e nem orientação para lidar com quem opta por utilizar meios alternativos. "É preciso educação", frisa. Comparada a outras cidades do estado, Iribarrem acredita que Pelotas está à frente quando o assunto é mobilidade, porém, ainda é necessário investir em ciclovias e ciclofaixas. Usuário da ciclofaixa da Félix da Cunha, ele lamenta o sentido da via ser contramão, além de relatar a falta de cuidado com a da República do Líbano. "É necessário mais planejamento e melhorias", pede.

Análise

O secretário de Transporte e trânsito, Flávio Al Alam, conta que o assunto ainda é novidade, mas que com o tempo a adaptação virá. "Na verdade nenhuma cidade ainda está preparada". Com a chegada do serviço de compartilhamento de bicicletas na cidade, chamado BikePel, o responsável da pasta espera que a circulação do equipamento aumente, já que o decreto permitirá o aluguel de patinetes. A STT ainda não tem preocupação com o assunto devido aos condutores de patinetes serem poucos no município, mas aconselha que, por enquanto, os usuários devem se apropriar das ciclovias e ciclofaixas.

O equipamento elétrico ainda não é definido como veículo pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), então não é necessário portar documento de habilitação. As regras que os condutores devem seguir são de acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Sendo assim, os patinetes devem respeitar a velocidade máxima de seis quilômetros por hora nas áreas de circulação de pedestres e de 20 quilômetros por hora em ciclovias e ciclofaixas. Indicador de velocidade, campainha e sinalização noturna são obrigatórios. O capacete não é exigido, mas sim recomendado.

Controle em São Paulo

- Há cerca de um mês, dia 10 de agosto, a prefeitura de São Paulo publicou um decreto para regulamentar a circulação de patinetes elétricos compartilhados na capital paulista. A velocidade máxima permitida, seja em ciclovias ou em ciclofaixas, passou a ser de 20 quilômetros por hora.

- Eles não podem ser usados por menores de 18 anos e também não é permitida a livre devolução fora das estações ou fora dos pontos de estacionamento.

- Também é vedado o estacionamento ou depósito dos equipamentos nas vias públicas, seja nas ciclovias e ciclofaixas, nos calçadões, calçadas, canteiros centrais e laterais, acostamentos, pistas e demais partes das vias.

Fonte: Agência Brasil

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