Enquanto alguns veem como transtorno, outros têm como melhora. O otimismo e o pessimismo variam entre quem transita pelo local e os comerciantes da área central sobre as obras de revitalização do calçadão das ruas Andrade Neves e 7 de Setembro, em Pelotas. Desde o início da intervenção, no final de março de 2017, já se passaram 16 meses que a população convive com tapumes, máquinas e trabalhadores da construção civil. Com índice de conclusão de 40%, a obra tem previsão de entrega em setembro deste ano.

Até a próxima segunda-feira (23), conforme o engenheiro e chefe da obra, Sandro Portes, a construtora pretende entregar as calçadas laterais para melhorar o acesso às lojas na rua Andrade Neves, entre 7 de Setembro e Marechal Floriano. “A chuva dos últimos dias prejudicou bastante o andamento do trabalho”, indica o engenheiro. Com a finalização deste serviço, os tapumes serão retirados nesta quadra para seguir a intervenção na 7 de Setembro, entre Andrade Neves e 15 de Novembro, já isolada para os trabalhos.

A avaliação da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) é positiva. Tanto pela qualidade do serviço como pela forma como está sendo gerida a obra. “Estamos satisfeitos e também queremos agilidade”, disse o secretário Paulo Morales. Questionado sobre prazos, o secretário limitou-se a informar que os dados constavam no Portal da Transparência da prefeitura.

Opiniões divididas
Magda Silveira trabalha como atendente de um bar na Rodoviária. Moradora do Navegantes, ela costuma caminhar pelo Calçadão durante a semana no horário de intervalo. Apesar de ter torcido o pé num dos buracos causados pela obra, ela se mantém otimista. “A gente sabe que causa transtorno, mas depois vai ficar melhor”, estima.

A opinião é totalmente diferente da de Dilma Mendes, moradora da Vila Princesa, na Zona Norte de Pelotas. Idosa, ela diz precisar caminhar atenta ao chão para não cair em desníveis das calçadas e faz um comparativo com as ruas do bairro onde mora. “Parece as ruas da Vila Princesa, um buraco atrás do outro. Isso aqui está perigoso”, criticou apontando para as obras.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Pelotas (Sindilojas), Gilmar Bazzanella, também destacou mais qualidade e melhora no serviço prestado pela atual construtora, que assumiu a obra após a rescisão do contrato com a primeira colocada e responsável pela primeira etapa. No entanto, faz questão de frisar: “A gente espera agilidade em função do prejuízo aos comerciantes”.

Andamento
Na 7 de Setembro, próxima etapa da obra, o piso já está sendo demolido por uma retroescavadeira e o tradicional chafariz da esquina democrática está cercado e com o piso sendo retirado. O trecho será o próximo a receber a intervenção.