Roubos

Ladrões almejam cada vez mais roubar cães

Em alguns casos, os animais desaparecidos das residências foram colocados à venda

Carlos Queiroz -

Desespero. Esse é o sentimento em comum entre Vanessa e Renaldo. Dois pelotenses que não se conhecem, mas passaram por situações semelhantes. Ambos são amantes de bichos de estimação e tiveram seus cães furtados. Apesar de não existirem denúncias registradas na Polícia Civil ou uma legislação específica para tais casos, este tipo de delito passou a acontecer com mais frequência na cidade.

Vanessa Schwenson é moradora da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, possui uma pinscher tamanho número um, chamada Dudinha. Ano passado a cadela sumiu de casa, na data de Dia dos Pais. Ao perceber que a pinscher havia desaparecido - após ela abrir a porta para as visitas irem embora - uma procura começou. Por se tratar de uma raça tão pequena Vanessa temia pela segurança da cachorra, porém ela não foi encontrada nos arredores de casa. Foram mais de 24 horas de procura, publicações nas redes sociais e colagem de cartazes no bairro até a dona ter notícias. No mesmo dia que Dudinha desapareceu, ela foi vendida por R$ 100,00 na zona portuária da cidade.

O comprador postou uma foto no Facebook com o novo membro da família e uma amiga em comum entre ele e Vanessa reconheceu a cachorrinha - que estava usando a mesma roupa descrita nas publicações. O comprador então entrou em contato com com a verdadeira dona, que foi buscá-la.

Situação diferente de Renaldo Marques. Ele também teve seu cachorro Dudu, da raça poodle, levado de casa em um assalto. O ladrão teve apenas 30 minutos para agir, enquanto Renaldo e sua esposa não estavam em casa. Os vizinhos não perceberam a movimentação estranha na moradia, localizada no Porto, pois um caminhão estava estacionado em frente ao portão arrombado, garantido que o intruso não fosse visto. No assalto foi levado apenas um notebook e Dudu nunca mais foi visto. O fato ocorreu há um ano e meio. .

Buscas foram feitas na região, tendo em vista que o animal poderia ter fugido, mas até hoje nenhuma informação chegou ao casal.

Impunidade
Em outro caso, em que a pessoa prefere não se identificar, um cachorro da raça shih tzu desapareceu em frente da casa. Após publicações em redes sociais sobre o desaparecimento, um indivíduo entrou em contato avisando que um cachorro muito parecido estava à venda. O dono foi até a casa, localizada no Dunas, e realmente encontrou seu cão, negociado a R$ 300,00. Na época a pessoa não quis registrar ocorrência e pagou para ter o animal de volta.
A delegada à frente da Delegacia Especializada em Furtos Roubos Entorpecentes e Captura (Defrec), Lisiane Mattarredona, atenta para que em casos como estes é necessário procurar uma delegacia e realizar o registro de ocorrência. O furto de cães pode ser considerado como crime patrimonial, pelo valor real e sentimental em relação ao pet.

Tem valor
Os cachorros possuem um valor sentimental muito grande por serem companheiros dos donos. Porém, algumas raças são caras e por isso têm também alto valor de revenda. Poodle e pinscher normalmente são as mais baratas. Em média podem custar de R$ 300,00 a R$ 600,00.

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