Reconhecimento
Mais de meio século de qualidade
Referência nacional, curso de Eletrotécnica do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) completa 60 anos formando profissionais para todo o Brasil
Paulo Rossi -
Na entrada, um pequeno porém engenhoso objeto pisca em cores a palavra "Eletrotécnica". É uma espécie de tradução do curso do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) que completa em 2017 60 anos. Ao mesmo tempo em que seriedade e exigência resultam em qualificação de profissionais espalhados pelo Brasil, há carinho e companheirismo entre alunos, professores e funcionários.
A trajetória de sucesso se iniciou ainda com a primeira turma, responsável pela mão de obra qualificada quando surgiu a padronização do sistema energético do país, com a criação das empresas estaduais e regionais. O grande salto, porém, se deu em 1980, quando a então Escola Técnica de Pelotas (ETFPel) foi escolhida para integrar o projeto da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional.
Flávio Franco se formou na Eletrotécnica em 1969 e hoje é o orgulhoso coordenador do curso. "Nossos alunos são requisitados em todo o Brasil, até mesmo fora dele. Isso se dá porque valorizamos muito a formação do nosso professor e por conta de uma matriz curricular sempre atualizada para que o estudante saia daqui apto a atuar em qualquer empresa no ramo de criação, transmissão e distribuição de energia, além da área industrial", comenta. Tudo de forma totalmente gratuita e com turmas nos três turnos.
Estrutura
O colorido ameniza a complexidade dos equipamentos que, para leigos, mais parecem brinquedos ultramodernos muito além do entendimento adulto. São, entretanto, laboratórios de ponta no setor - o dedicado a sistemas de potência, único abaixo de Curitiba no país, é orçado em 2,5 milhões.
São ao todo 16 espaços para aulas práticas - grande parte da grade curricular - e o número deve crescer para 18. Franco afirma que nesse aspecto a Eletrotécnica cresceu de qualidade principalmente em 2012, quando o governo investiu com força na qualificação dos Institutos Federais. Cenário diferente ao atual, com o orçamento de investimento do IFSul praticamente estagnado e o de custeio contingenciado de tal forma que quase paralisou a instituição ao fim de setembro.
Carinho
A Eletrotécnica, se somados os módulos Integrado - junto com o Ensino Médio - e Subsequente - após o Ensino Médio -, forma de 65 a 70 novos profissionais a cada semestre. Na turma que cola grau no fim do ano está Alana Dobke Treptow. Hoje com 19 anos, ela ingressou ainda muito jovem, aos 14 anos, decidida a trabalhar com cálculos. Na opinião da estudante, para além da formação técnica o curso, e o IFSul como um todo, ensina o adolescente a correr atrás daquilo que almeja para o futuro. "Exige um nível de comprometimento muito grande", comenta, emocionando-se com o fim da trajetória que, embora pesada, teve momentos de leveza como o recente título do torneio Intercursos - o troféu está exposto com orgulho.
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