Saúde

Mais de três mil pessoas participam do Vida Ativa em 2023

Projeto da Prefeitura de Pelotas promove a prática de atividade física através de oficinas realizadas em mais de 50 núcleos espalhados pela cidade

Foto: Michel Corvello - Ascom - oportunidade. Um dos núcleos funciona no Ginásio Schmitt, onde as aulas são divididas entre dança e ginástica

O projeto Vida Ativa, desenvolvido pela Prefeitura de Pelotas com o objetivo de estimular a prática regular de atividades físicas, atingiu a marca de 3,1 mil pessoas atendidas em 2023. Isso representa um incremento de 20% com relação ao ano passado. O número de núcleos nos bairros também aumentou e passou de 45, em 2022, para 58 novos locais este ano.
Atualmente o projeto mantém núcleos espalhados pelo Areal, Centro, São Gonçalo, Fragata, Laranjal, Três Vendas e zona rural. Nestes locais são oferecidas modalidades como câmbio, caminhada orientada, treinamento funcional, futsal, corrida, atividades de recreação, taekwondo, boxe, muay thai, pilates, ritmos, yoga, musculação e jazz, além de treinamento funcional kids.
Conforme a coordenadora geral do Vida Ativa, Carol Malue, 22 professores estão integrados ao Vida Ativa, sendo 17 profissionais de Educação Física, dois instrutores de taekwondo, um de dança e dois recepcionistas.
Atividade física
previne doenças
O educador físico da Rede de Atenção Primária, Paulo Henzel, responsável por desenvolver atividades voltadas para o público idoso na UBS Bom Jesus, aponta a prática rotineira de atividade física como forma de garantir a melhora da saúde em geral e a prevenção de doenças.
“As atividades físicas proporcionam a prevenção de doenças, a melhora da capacidade funcional, redução da pressão arterial, do nível de açúcar no sangue, amenizam os efeitos do envelhecimento, e trazem outros vários benefícios”, afirma.

Uma vida mais saudável
A autônoma Maria Cristina Fernandes fazia academia e realizava caminhadas, mas os horários do trabalho não favoreciam a continuidade das práticas. Depois da morte de sua mãe, Maria conta que foi diagnosticada com depressão e passou a sofrer com problemas de saúde relacionados ao sobrepeso. Após manifestar a vontade de retomar as práticas de exercício físico, sua filha lhe apresentou o programa Vida Ativa e então começou a praticar aulas de ritmos e dança até conhecer o grupo de corrida. A partir disso, Maria conta ter experimentado uma significativa mudança na qualidade de sua vida e agradece o apoio do seu professor, que também se transformou em um amigo, Paulo Santos. “Esse ano passei por momentos bem complicados, mas com a ajuda do meu treinador e desse grupo maravilhoso do Vida Ativa, tenho superado meus medos. Depois de sete meses de caminhadas e treinamento me sinto bem melhor”, comemora.

Para a gerente de vendas Iara Bartell, os benefícios foram tão promissores que, atualmente, além de participar da turma de pilates do núcleo da Anhanguera, também está praticando câmbio - tipo de voleibol adaptado para pessoas idosas e/ou com dificuldades físico-motoras - no Ginásio Municipal Orocindo Azevedo “Karosso”.
Há alguns meses, Iara sofreu uma queda no banheiro de casa, acidente que a deixou com diversos problemas de mobilidade. No pilates, ela percebeu os benefícios da atividade física. “Na primeira semana, eu já vi resultado de força, porque eu havia perdido toda a mobilidade dos dois braços. A professora Graciela Guidotti conseguiu me ajudar a recuperar a força e movimento nos braços. Eu tive uma recuperação muito boa”, conta. Hoje, ela pratica pilates e câmbio duas vezes por semana.

Núcleos aproximam atividades dos bairros
O sistema de funcionamento através de núcleos descentralizados, instalados em prédio públicos ou privados - a partir de convênios firmados pela Prefeitura para uso dos espaços - possibilita que o Vida Ativa leve suas atividades para perto da comunidade.
É o caso da turma de ginástica, instalada desde 2017, do Ginásio Schmitt, localizado na rua Cônego Siqueira Canabarro, no Fragata. As aulas do professor de Educação Física, Di Santos, reúnem cem alunos com idades entre 30 e 87 anos. As aulas que acontecem todas as segundas-feiras, das 9h às 10h, são divididas em duas partes, sendo 30 minutos de dança e 30 minutos de ginástica.
No bairro Simões Lopes, na sede da Acomfest, localizada na rua Marquês de Barbacena, funciona há pouco mais de um mês uma turma de aula de ritmos. As atividades ocorrem às segundas e quartas-feiras, das 9h às 10h. Apesar de pouco tempo de funcionamento, o núcleo já conta com 45 participantes com idades entre 14 e 81 anos, conforme explica a educadora física Letícia Corrêa.
São pessoas como a aposentada Helena Medeiros, de 81 anos, que durante dois anos fez uma atividade física parecida, mas parou e, agora, com o núcleo perto de casa, retomou os exercícios. “Já me sinto bem novamente, estou caminhando melhor também”, comemora.

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