Mobilização
Mais um dia para dizer não às reformas
Mobilizações na Justiça do Trabalho e no Calçadão serviram para dizer não à retirada de direitos trabalhistas e previdenciários
Atualizada às 18h53min.
O Dia Nacional de Luta foi marcado por abraço simbólico no prédio da Justiça do Trabalho e ato na Esquina Democrática, no Calçadão de Pelotas. A mobilização, convocada pelas Centrais Sindicais, foi mais um protesto contra as Reformas Trabalhista - que entra em vigor neste sábado - e Previdenciária, que ainda terá de passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Foi mais um chamamento para a população sair às ruas para dizer não ao ataque de direitos e em defesa dos serviços públicos.
"Este não é um movimento de uma categoria ou outra. Temos que nos colocar em oposição e vir para as ruas. Vamos lutar sim", enfatizou uma das coordenadoras do Sindicado dos Servidores da Universidade Federal de Pelotas (Asufpel), Liliane Griep, em declaração que também servia como desabafo no primeiro dia de greve dos técnico-administrativos da UFPel.
A professora Maria Eloísa Pires de Souza, 58, tem atendido ao apelo. "Tenho acompanhado as manifestações. A gente tem que participar, né?", afirmou, agarrada ao cartaz em que cobrava qualidade na saúde pública e lamentava a retirada de direitos trabalhistas.
Críticas em dose dupla
Os gritos de Fora Temer e Fora Sartori foram repetidos nos dois atos, na tarde desta sexta-feira (10). Em materiais distribuídos à comunidade, servidores - das três esferas - fortaleceram uma mesma posição. Cada ataque é parte de um todo: a agenda neoliberal e reacionária que ganhou poder no último período. Para derrotá-la, precisamos pensar como classe trabalhadora e construir a unidade de trabalhadores públicos e privados. Trabalhadores unidos e lutando juntos contra o desmonte. Era um dos principais chamamentos à população neste 10 de novembro.
Para participar
- Anulação da Reforma Trabalhista: Uma campanha nacional, liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), busca a anulação da Reforma Trabalhista. Para apresentar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, entretanto, é necessária a participação de 1% dos eleitores brasileiros; o equivalente a cerca de 1,4 milhão de pessoas. Em Pelotas, a coleta de assinaturas tem ocorrido na Esquina Democrática, próximo ao Chafariz das Três Meninas, no Calçadão. Para apoiar a iniciativa basta assinar a petição e informar o número do título eleitoral.
- Conversa sobre a situação política do país: Uma roda de conversa com a historiadora da Universidade Federal Fluminense, Rejane Carolina, está marcada para a terça-feira, dia 28 deste mês, no Instituto Mário Alves. Estratégias de unificação para resistir à retirada de direitos e reflexões sobre um projeto de Brasil estarão na pauta dos debates. O IMA fica na rua 15 de Novembro, 501 A. O encontro está marcado para as 10h.
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