Saúde

Maternidade da Santa Casa deve paralisar

A reivindicação médica é pelo cumprimento de acordo para quitação de salários atrasados

Os atendimentos eletivos do Setor Materno-Infantil da Santa Casa de Misericórdia poderão ser interrompidos a partir desta sexta-feira (6). De acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), há dificuldades para a composição das escalas de plantões de pediatras e obstetras, em decorrência do atraso na remuneração dos profissionais. A alegação é que o hospital não cumpriu um acordo efetuado em janeiro para regularizar o pagamento de dois meses de salários atrasados. A situação não atinge os procedimentos de urgência e emergência, que serão mantidos.

Em média, a instituição realiza 160 atendimentos mensais nas áreas de pediatria e na Maternidade, e é referência na atenção a gestantes de baixo risco.

“É uma situação quase rotineira”, afirma o diretor do interior do Simers, Fernando Uberti. Segundo ele, o hospital já foi notificado e a posição é de que os procedimentos eletivos do Setor Materno-Infantil da instituição sejam paralisados a partir desta sexta-feira, caso não haja acordo.

Nessa situação, a interrupção também pode ser estendida por tempo indeterminado. “É um movimento gradual”, destaca o diretor, que lembra o fato de a instituição filantrópica ser referência nos atendimentos dos setores para municípios vizinhos. De acordo com Uberti, o hospital não cumpriu um acordo que previa a quitação de dois meses de salários atrasados, em duas parcelas, até o final dos meses de janeiro e fevereiro. “Somente 50% do acordo foi cumprido”, citando que não houve o pagamento da segunda parcela até o final do mês passado.

O diretor do Sindicato explica que, no momento, o hospital conta com até sete profissionais no setor, quando o ideal seria que houvesse dez. Dessa forma, com a ausência da remuneração, os médicos não se colocam nas escalas dos plantões. A Santa Casa de Pelotas é referência no atendimento de gestantes de baixo risco para municípios da região, com atendimentos na área obstétrica e plantão pediátrico e obstétrico 24 horas por dia.

A situação se repetiu no final do ano passado, quando os atendimentos eletivos no Setor Materno-Infantil foram suspensos às sextas-feiras, a partir de 1º de novembro. Na época, as causas também foram a falta de pediatras, que seriam insuficientes para cumprirem os plantões, e o atraso de um mês e meio nas remunerações dos profissionais. Ainda em novembro, a situação das escalas e dos atrasos foi regularizada, o que normalizou os atendimentos.

Em nota, a assessoria de imprensa da Santa Casa de Pelotas informou que “a direção está trabalhando para manter todos os serviços do hospital em funcionamento”.

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