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Mês da Visibilidade Trans é celebrado no RS com iluminação especial
Essa cor resulta da união de azul e rosa, presentes na bandeira do orgulho transgênero
O Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto alegre, local onde funcionam diversas secretarias e órgãos da administração pública estadual, receberá iluminação especial em alusão ao Mês da Visibilidade Trans. A partir deste sábado (1º), a fachada do prédio ficará novamente colorida, como em 2021, em celebração ao Janeiro Lilás. Essa cor resulta da união de azul e rosa, presentes na bandeira do orgulho transgênero.
O Janeiro Lilás é uma iniciativa que busca a sensibilização da sociedade por mais conhecimento e reconhecimento das identidades de gênero, com o intuito de combater os estigmas e a violência sofrida pela população transexual e travesti. A ação ocorre em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, em 29 de janeiro.
O mês será marcado por uma série de atividades com o objetivo de sensibilizar a sociedade por mais conhecimento e reconhecimento das identidades de gênero, além de combater os estigmas e a violência sofrida pela população transexual e travesti.
A ação é da Secretaria da Cultura (Sedac), por meio da sua assessoria de Diversidade, em parceria com a Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social (SICDHAS), por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual.
A secretária adjunta da Cultura, Gabriella Meindrad, que é uma mulher trans, reforça a importância da data. "A campanha Janeiro Lilás – Mês da Visibilidade Trans é um caminho para promover uma cultura de paz e respeito na sociedade. Desde 2020 a Sedac, com a colaboração de outras secretarias e o engajamento das nossas instituições, tem conseguido criar e promover o Janeiro Lilás, que em 2022 chega a sua terceira edição, ampliando as parcerias institucionais e consolidando a importância do período, para que não se perca a razão da sua existência", afirma.
“O que se pretende é possibilitar espaços de diálogo, reflexão e sensibilização permanente sobre o ser humano e os rótulos carregados de estigmas e preconceitos em nossa sociedade, atribuindo cidadania à população prejudicada”, destaca a secretária adjunta.
Conforme Gabriella, o Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo. A expectativa de vida de uma pessoa transexual fica em torno de 35 anos, enquanto a da população brasileira é, em média, 74 anos. "O estigma em não reconhecer a identidade trans, a baixa escolaridade, o desemprego, o preconceito, a discriminação e a violência com altos índices de assassinatos justificam a importância do debate e da sensibilização”, avallia.
Para a assessora de Diversidade da Sedac, Clarissa Lima, marcar as cores da bandeira trans na fachada do Caff é uma representação da luta de toda uma população que, ao longo da história, sempre foi privada de direitos, sofrendo todo o tipo de violência. Que a transformação visual do prédio se reflita na mente e no coração de cada um, para que 2022 seja um ano de mais igualdade, amor e respeito”, pontua.
“A iluminação lilás do Caff tem como objetivo chamar a atenção ao mês da visibilidade de pessoas transexuais e travestis. O Estado tem avançado na implementação de políticas públicas, como o Decreto 56.229, que cria cotas para pessoa trans em concursos públicos estaduais. As reservas de vagas são um ato de reparação história e social para as ações afirmativas ao exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas sujeitas à intolerância”, destaca a titular da SICDHAS, Regina Becker. “Sabemos que transexuais e travestis fazem parte de uma comunidade em extrema vulnerabilidade social e as suas lutas são constantes na promoção dos seus direitos em busca da justiça social.”
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