AIDS
Meta: zerar o HIV em bebês
Pelotas ainda não possui os pré-requisitos para receber certificação de eliminação da transmissão vertical da doença
O Ministério da Saúde criou a Comissão Nacional de Validação (CNV), para os municípios possuírem sua Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta transmissão se dá quando a mãe passa o vírus ao bebê. A iniciativa visa fortalecer as ações de prevenção e diagnóstico, além do tratamento.
Em Pelotas, o Departamento Municipal de DST, Aids e Hepatite, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é o responsável por lidar diretamente com a situação. Segundo a assistente social Maria Alice Rodrigues, o município ainda não possui todos os critérios para receber o certificado, mas já está trabalhando para se habilitar, através de monitoramentos e trabalhos intensivos. "Mas independentemente de qualquer certificação, esta é a nossa meta", garantiu.
Para ela, a situação é muito difícil, pois grande parcela das gestantes portadoras de HIV no município encontra-se em situação de vulnerabilidade social. A meta proposta pelo ministério é de que esta contaminação vertical ocorra em no máximo 2% dos casos, enquanto, nos últimos três anos, Pelotas teve uma crescente de mortandade e transmissão para bebês.
Os dados da SMS apontam que entre 2015 e 2017, 125 crianças nasceram expostas ao HIV no município. Destas, três acabaram contraindo o vírus da mãe e outras cinco acabaram indo a óbito. Maria Alice garante que recentemente houver anos com nenhum registro de contaminação.
Como se procede atualmente?
Através de programas de pré-natal e identificação das gestantes, a SMS procura diagnosticar e acompanhar as mães e os bebês para evitar a transmissão. Segundo Maria Alice, se todos os cuidados forem tomados, em 99% dos casos a criança não será contaminada por qualquer DST que os pais possuam. "Quando descobrimos algum caso, usamos todas as armas", comenta, destacando que, por vezes, até mesmo o Conselho Tutelar é acionado para buscar essa prevenção.
Como prevenir?
"Não é um bicho-de-sete-cabeças", define a assistente social, ao comentar sobre como deve agir a pessoa portadora de HIV ou qualquer outra DST quando descobrir a gravidez. Caso todos os procedimentos sejam tomados corretamente, o acompanhamento se dá até os 18 meses do bebê. "O pré-natal e a testagem são muito importantes", lembra. Quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico da DST, menores as chances de qualquer transmissão. Além disso, é importante que a pessoa converse com seu médico e planeje cada passo a ser dado.
Como proceder em caso de exposição?
A Profilaxia Pós-Exposição ao HIV é ofertada tanto na UPA Ferreira Viana quanto no Pronto-Socorro de Pelotas. Ela explica que em qualquer caso de exposição ao vírus, a pessoa é avaliada e medicada por 28 dias. Há também a Profilaxia Pré-Exposição, para pessoas que se relacionam com soropositivos, que impede o vírus de atacar o organismo.
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