Transtorno
Moradores do Residencial Regente continuam sem respostas
16 apartamentos foram interditados na última terça-feira
Carlos Queiroz -
Na noite da última terça-feira (6), o bloco C do Residencial Regente, localizado no bairro Areal, foi interditado pelo Corpo de Bombeiros de Pelotas devido a rachaduras que estariam comprometendo a estrutura. A ação atingiu 16 apartamentos e as famílias buscaram abrigo nas casas de parentes. Três dias depois, os moradores ainda não obtiveram respostas e o laudo do responsável técnico. A situação é a mesma no Pestano, onde oito apartamentos também foram interditados.
A liberação dos apartamentos está vinculada à aprovação do alvará de prevenção contra incêndio, conforme explica o sargento Jahnke. A equipe do Corpo de Bombeiros que esteve no local naquela noite comprovou que haviam fissuras que mediam cerca de dois centímetros. "Eram fissuras que cabiam uma mão", relata. Além disso, vigas da estrutura estavam se desprendendo. Sendo assim, o trabalho dos Bombeiros de não deixar que os moradores continuassem naquela situação, sob perigo, foi feito. "Ninguém se negou a sair", lembra.
A ação partiu de uma denúncia de um ex-morador. O residencial não possui o alvará necessário desde 2012. Agora, segundo Jahnke, um arquiteto e um engenheiro estrutural estão trabalhando em cima de um estudo da situação do prédio, a fim de corrigir os problemas. A partir dos laudos da edificação, cabe aos Bombeiros a aprovação. Mas, até o momento, a situação é a mesma e os apartamentos permanecem interditados.
No Pestano a situação se repete. No último mês, a Defesa Civil também interditou 16 apartamentos devido ao aparecimento de rachaduras na estrutura de quatro andares e quedas de reboco devido à chuva. De acordo com o sargento Madruga, que acompanha a questão, ainda não há posicionamento nem novidades em relação ao caso. O local está em fase de regularização do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI) e, após isso, o Corpo de Bombeiros fará a análise para que ocorra a liberação.
Quem foi afetado
Um grupo nas redes sociais com cerca de moradores do Residencial Regente foi criado para que as questões referentes à interdição pudessem ser discutidas. Melaine Mazon preciso deixar seu apartamento e se mudar temporariamente para a casa de familiares na praia do Laranjal. A maioria dos residentes do prédio está morando com parentes distantes. Frequentemente, ligações são feitas para a síndica do condomínio a fim de se atualizar sobre o caso. No entanto, eles foram informados que ainda não há laudo dos profissionais. "Continua na mesma", lamenta. Agora que o grupo está se organizando e se unindo, o principal objetivo é reivindicar pelos seus direitos.
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