Morreu nesta quinta-feira (5) o leão-marinho Ipirelo, que viveu durante 27 anos no Museu Oceanográfico Professor Eliézer de Carvalho Rios, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). O animal, um ícone da instituição, foi resgatado em 1993 e morreu por questões naturais da idade avançada.

Ipirelo foi encontrado na Lagoa dos Patos, próximo à refinaria Ipiranga, há quase três décadas. Jovem e debilitado, foi levado ao Museu. Em pelo menos quatro oportunidades os profissionais tentaram realizar a soltura do leão-marinho, mas ele não teve condições de voltar ao ambiente natural. Sendo assim, Ipirelo permaneceu no Museu, recebendo cuidados permanentes no Centro de Recuperação de Animais Marinhos da universidade (Cram-Furg), que emitiu uma nota de pesar nesta quinta. De acordo com o texto, nos últimos anos Ipirelo estava em condições de senilidade, apresentando sinais compatíveis com a idade. "Dentro desta situação, sempre trabalhamos para garantir seu bem estar e respeitar suas limitações. Foi assim até o último suspiro."

A morte de Ipirelo causou comoção nas redes sociais. Moradores da região - e de vários lugares do país - que tiveram a oportunidade de visitar o Museu Oceanográfico e conhecer o leão-marinho se manifestaram em comentários cheios de carinho. "Belo texto de esclarecimento. Só não é mais bonito que o trabalho do Cram, esse é insuperável", comentou o biólogo Gustavo Arruda. "Não foi o Ipi que passou pelas nossas mãos. Fomos nós que passamos pelas nadadeiras desse animal incrível", publicou Felipe Barreto, que realizou estágio no Cram. "Ele cumpriu muito bem sua missão. Que saudades de quando molhava todo mundo. Era uma alegria imensa", escreveu a jornalista Julieta Amaral.

Em pouco mais de três horas, o post de despedida para o leão-marinho Ipirelo já tinha 2,5 mil curtidas e mais de 300 comentários. "Tua vida não foi em vão", resumiu a jornalista Rosane Leite.