Lançamento

Músico Marcelo Vaz lança Setênios

Pianista e um dos fundadores do Kiai Grupo apresenta seu primeiro disco solo

Foto: Vinícius Angeli - Músico revela que o disco surgiu de maneira improvisada em um momento importante de sua vida

A vida, seus ciclos e todas as suas transformações já foram explicadas de muitas maneiras. A Teoria dos Setênios busca argumentar que, a cada sete anos, a vida passa por transformações significativas. Sua ideia principal é muito embasada na Antroposofia, um estudo do "conhecimento do ser humano" e de todas as múltiplas questões que envolvem sua existência. Todo esse universo está presente em Setênios, primeiro disco solo do pianista Marcelo Vaz que será lançado amanhã em todas as plataformas musicais.

Natural de São José do Norte e com uma carreira repleta de trabalhos na cena, o músico, que também integra o trio Kiai Grupo, buscou trazer suas vivências, seus estudos sobre o universo e o seu entendimento sobre o assunto para este lançamento: "Concebido de forma improvisada, o disco nasceu no início de um momento importantíssimo da minha vida e seu nome acaba gerando curiosidade em muitas pessoas, o que acaba incentivando-as entenderem e terem uma visão mais antroposófica da vida", explicou o artista.

O processo de concepção e gravação de Setênios também ocorreu de forma diferente e bem peculiar. As peças, inicialmente, não seriam nem gravadas e, muito menos, havia a intenção de serem transformadas em um disco. O que começou com a passagem de som em um piano restaurado no Coletivo da Pedra Redonda, fazendo pequenos testes acústicos com uma microfonação ousada, acabou assumindo um novo caminho e tomando forma.

Das seis peças tocadas, apenas uma - A rotina - tinha uma estrutura encaminhada, segundo Vaz. "As outras nunca mais executarei igual pois foram totalmente concebidas no ato do momento artístico", comentou. Outra curiosidade do processo é sobre os nomes das peça, que vieram somente depois de ouví-las e interligá-las a acontecimentos significativos em sua vida.

Fuga dos clichês

O músico, arranjador e compositor Arthur de Faria recebeu o disco diretamente de Vaz para uma apreciação e, segundo ele, foi bastante impactante, como ele mesmo contou. "Quando o Marcelo me mandou esse disco todo improvisado, não foi surpresa escutar cada beleza que tem aqui, fugindo dos clichês (que eu acho) aborrecidíssimos do 'piano jazz', e abraçando um tipo de improvisação livre que eu especialmente amo: a que te leva pra passear. Não necessariamente pelo caos, mas tampouco por caminhos já trilhados à exaustão. E acho que esse disco é isso, como os melhores discos de música improvisada que eu conheço: um passeio por caminhos que a gente vai descobrindo juntos, em rara sintonia de autor, intérprete e ouvinte."

Do trabalho com a Kiai Grupo, trio o qual é um dos fundadores, Vaz diz que trouxe a liberdade de criar para Setênios. Segundo ele, os dois trabalhos se complementam pois sente a mesma liberdade para criar. O músico explica também que o que muda um pouco entre os projetos é o instrumento. "Na Kiai, uso teclado/sinth. Já Setênios nasceu ao piano e se materializou de uma forma que só ao piano posso querer tentar ousar tocar as peças."

Setênios foi gravado durante uma madrugada no estúdio do Coletivo Pedra Redonda. As composições são todas autorais e totalizam cinco peças - Emblemática, Rotina, Setênios, Baiãozito e Bálsamos. A gravação, a mixagem e a masterização são de Wagner Lagemann; a distribuição fonográfica de Pedro Borghetti; a fotografia de Vinícius Angeli; as ilustrações de Larissa Kras e o projeto gráfico de Vitória Proença. O lançamento oficial acontece pelo selo Pedra Redonda.

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