Dois meses após a promessa do governo do Estado, de que uma licitação seria lançada para a construção de outra ponte na ERS-702, em Piratini, nada mudou. As péssimas condições na infraestrutura da ponte do Costa, motivo de preocupação e protestos da comunidade piratiniense, continuam. Apenas neste ano o local já foi interditado três vezes por causa de buracos que surgem na pista. Além disso, existem limitações de altura e peso para transitar pela passagem, o que afeta a entrada e saída de produtos no município.

Com o tempo, os moradores que necessitam da rodovia para se locomover perdem a esperança de melhorias. A construção da nova ponte é uma demanda antiga, que ultrapassa governos. Para a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Piratini, Gabriela Farias, o problema impacta toda a comunidade e cidades vizinhas, mas principalmente os agricultores e produtores da região.

De acordo com o empresário Willian Westermann, o escoamento de soja é diretamente afetado. O grão chega na cidade e depois segue com destino ao Porto de Rio Grande. Em época de crise econômica, a limitação de peso da ponte, de 24 toneladas, torna-se uma situação incômoda. Já que os caminhões usados para o transporte são bem maiores.

Em março, quando houve a manifestação na BR-392, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) informou que a licitação para construir uma nova ponte seria lançada em 60 dias. O Governo aguardava a transferência pela União de recursos - R$ 9 milhões da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Porém, dois meses se passaram e o edital ainda não foi lançado. Segundo o Daer, o documento está sob análise orçamentária para ser encaminhado à Central de Licitação (Celic).