Agronegócio
Na reta final da colheita e com boas expectativas
Federarroz estima um rendimento médio de oito mil quilos de arroz por hectare no Estado, volume acima do esperado pelos produtores
A colheita do arroz no Rio Grande do Sul está se aproximando do final com a perspectiva de atingir boa produtividade. Quase toda a área plantada com o grão já foi colhida. A produtividade média a ser registrada no Estado deve ficar próxima dos oito mil quilos por hectare, quantidade superior à prevista, inicialmente, pelo setor orizícola.
De acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, o período reprodutivo da planta que ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro foi excepcional. Lembra que houve uma incidência muito grande de luz solar na época, até em função da estiagem registrada. “Corajosamente a Federarroz vem dizendo para o produtor plantar em áreas realmente muito produtivas e ter, na medida do possível, uma rotação de culturas para que consiga aumentar a sua produtividade e obter uma diminuição de custos”, destaca.
Velho salienta também que houve uma reação do mercado em plena colheita do arroz, principalmente devido ao ajuste na área plantada e ao câmbio alto que se manteve em patamares acima de R$ 5,00, trazendo uma paridade mais elevada em relação ao Mercosul. “Devido à baixa rentabilidade do setor, os produtores vêm diminuindo a área semeada no Brasil ano a ano”, afirma, colocando, ainda, que a pandemia causada pelo novo coronavírus acabou precipitando uma alteração de patamar, já prevista pela Federarroz em outubro do ano passado. “Esta reação se deve especialmente a uma conjuntura internacional, quando países tradicionalmente exportadores, como China e Índia, seguraram as suas exportações visando garantir a segurança alimentar da sua população”, observa.
O presidente da Federarroz destaca ainda a mudança de postura do consumidor em função da quarentena. “As pessoas acabaram comprando uma quantidade muito maior de produtos não perecíveis, onde o arroz se inclui, promovendo assim uma demanda muito forte em plena colheita. Com isso, o varejo também se viu obrigado a fazer uma reposição bem maior no período”, conclui Velho.
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