Após chegar a três metros durante o domingo (19), o nível do Canal São Gonçalo caiu para 2,79 metros na medição das 12h desta segunda-feira (20). Já o nível da Lagoa dos Patos, em Pelotas, que chegou a ser de 2,75 metros, caiu para 2,44 metros.

O nível da Lagoa dos Patos no CCMar (TideSat), em Rio Grande, era de 2,15 metros, de acordo com o boletim divulgado às 8h. A medição está 25 centímetros acima do nível do Cais e baixou 23 centímetros em 24 horas - estava em 2,38 metros às 8h de domingo. Segundo o boletim, no momento os ventos eram de sudoeste e estavam em 24 quilômetros por hora.

Apesar da vazão recorde no Canal da Barra no domingo, de 21,5 mil metros cúbicos por segundo, e a tendência de seguir a maré baixa, o cenário é de incerteza em relação ao nível das águas em Pelotas. O vento desfavorável causou a elevação do Canal São Gonçalo - com o pico de três metros no domingo, apenas dois centímetros abaixo da maior marca - e da Lagoa dos Patos.

Para esta segunda, o vento sudoeste deve soprar com maior intensidade, mas à noite enfraquece e altera-se para nordeste, possivelmente permanecendo até quarta-feira (22). "Em condições normais [o vento] é favorável [ao escoamento da água], mas ele vai trazer a água represada. Vamos depender da capacidade do Canal da Barra [de escoar a água ao Oceano]", explicou o meteorologista Henrique Repinaldo, em reunião na Sala de Situação.

No domingo choveu apenas dez milímetros na região e para esta segunda não há previsão de precipitação, que deve voltar na noite de terça-feira (21), com pancadas até a quinta, entre Pelotas e o extremo-sul.

A tendência é a chegada de uma massa de ar quente à região, que eleva a temperatura, mas também traz mais umidade e preocupação. Com o nível alto do São Gonçalo, o escoamento é prejudicado, o que pode acarretar em alagamentos nas ruas da cidade.