No próximo domingo, mais especificamente às 12h33min, terá início o outono no Hemisfério Sul. Marcada pela transição entre o inverno e o verão, a estação é caracterizada como o período em que ocorre a “redução do dia”. Assim, menos energia solar chega na superfície terrestre e, como consequência, a temperatura fica mais baixa. A promessa é de chuvas regulares, o que deve melhorar o cenário de estiagem que assola a região.

Apesar das características gerais, de acordo com professor do curso de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Júlio Marques, 59, na região de Pelotas a estação costuma apresentar tanto períodos mais quentes em seu início, como períodos mais frios, tendo o seus picos de frio durante o mês de junho.

Para o outono de 2022, o professor aponta que ainda é necessário realizar mais estudos para ter um prognóstico preciso, no entanto já é possível notar um perfil dos próximos meses. Marques diz que ainda haverá dias de calor, mas em abril as ondas de frio já predominam na região, trazendo períodos de precipitações. “A estação terá chuvas com maior frequência, sendo maio o mês com chuvas acima da média.”, diz.

Bom para uns,ruim para outros
Com a chegada do outono os prejuízos que a estiagem trouxe aos municípios da Zona Sul devem começar a ser amenizados. Com a ocorrência de chuvas de forma mais recorrente, os níveis dos reservatórios e barragens da região passarão a aumentar. Apesar disso, um volume desejável só deve ser atingido no inverno.

De acordo com dados da Emater de Pelotas, soja, milho, trigo, arroz, feijão e tabaco estão entre as culturas mais cultivadas na região. Com isso, Marques alerta que agricultores de grãos da Zona Sul podem sofrer com as grandes chuvas na hora da colheita. Além disso, com as precipitações a salinidade da água diminui, afetando também os pescadores locais.