Reforma
Obras no Calçadão do centro de Pelotas devem começar em agosto
Obras serão realizadas em oito meses e haverá operações para coibir a presença de ambulantes
Paulo Rossi -
As obras no calçadão do centro de Pelotas iniciam em agosto e devem demorar oito meses, segundo previsão dada pelo prefeito Eduardo Leite (PSDB) e o coordenador da Unidade Gerenciadora de Projetos (UGP) da prefeitura, Jair Seidel, na 1ª Rodada de Informações aos Lojistas, realizada na Associação Comercial de Pelotas (ACP). O projeto deve estar concluído no fim deste mês e a licitação entre 45 e 60 dias.
De acordo com Seidel, o projeto de revitalização abrange serviços em trechos das ruas Andrade Neves, 7 de Setembro e Marechal Floriano. Serão feitas intervenções em esgoto, pavimento, mobiliário, colocação de lixeiras, redução da poluição visual, iluminação e paisagismo. Os tradicionais ladrilhos hidráulicos devem ser abandonados por problemas de manutenção e custos. A lajota usada, de basalto e concreto, será maior e terá mais durabilidade por ser mais resistente.
O Calçadão receberá iluminação ornamental para embelezar e aumentar a segurança à noite. Também está previsto um caminho para acesso ao caminhão do Corpo de Bombeiros, inexistente hoje. O espaço será compartilhado entre veículos em velocidade baixa e pedestres. Aos carros será reservada uma pista no meio, no mesmo nível do pavimento.
A abertura para trânsito de veículos em baixa velocidade será no trecho da Andrade Neves, entre Floriano e Lobo da Costa, onde os motoristas poderão ir por uma pista única e estreita em direção ao Mercado Central. Segundo Seidel, a ação deve tornar o Calçadão mais dinâmico. As 12 doceiras, divididas em seis bancas, irão para a travessa Ismael Soares, atrás da farmácia Khautz Associadas. O local deve ser batizado como Rua do Doce.
Parte da fiação elétrica, de redes de telefonia e de TV por cabo do Calçadão irá para uma rede subterrânea, como forma de reduzir o impacto de poluição visual. A rede de esgotos será mexida nas ruas Andrade Neves e 7 de Setembro, que terá o espaço qualificado para continuar recebendo artesãos. Uma síntese das obras foi apresentada aos lojistas por Seidel e após mais detalhes pelos diretores-técnicos da Secretaria de Transportes e Trânsito, Flávio Al Alam e Paulo Osório. Seidel garantiu aos comerciantes que os trabalhos serão feitos com o cuidado de manter acesso às lojas, para que não tenham prejuízo.
Conforme o prefeito Eduardo Leite, a cidade é de todos e é muito importante que essa obra seja validada pela população e por empreendedores da área central, afinal, todas as intervenções têm a finalidade de qualificar o município, que é polo regional. “Tudo o que se faz no Centro, se faz para todas as pessoas e beneficia os lojistas que dão emprego para os que moram nos bairros”, disse.
Para o presidente do Sindilojas, Gilmar Bazanella, é importante que os lojistas façam sua parte e validem ações para o município através do Poder Público. “Sabemos que vamos passar por momentos difíceis nas obras, mas está acertada essa abertura de olhar o projeto juntos e dar sugestões para o cronograma. A gente pode minimizar as dificuldades se conseguirmos esse entendimento e estamos tendo esse canal desde o primeiro dia”, acentua.
O valor total da obra é estimado em R$ 6 milhões, com recursos do PAC Mobilidade, via Caixa Econômica Federal, a serem pagos pelo município ao longo de 15 anos. As intervenções contemplam troca total da pavimentação nas ruas Andrade Neves, entre Lobo da Costa e Voluntários da Pátria, e 7 de Setembro entre Osório e 15 de Novembro, com o objetivo de padronizar. O evento realizado na manhã desta sexta foi organizado pelo Sindilojas, ACP, CDL Pelotas, Sesc e Senac.
Operações surpresa
Eduardo anuncia que operações surpresa serão feitas pela fiscalização municipal no centro da cidade, como forma de coibir o uso do espaço público pelos ambulantes, o que está acontecendo novamente e cada vez mais. Mesmo que muitas vezes tenham o apoio da população e julguem a atitude antipática por parte da prefeitura, disse que a administração está disposta a enfrentar esse prejuízo. “Se relaxar vamos proporcionar a informalidade em detrimento de quem emprega e paga impostos. Peço a colaboração das entidades, que deem respaldo ao Poder Público para que seja essa ação compreendida pela população como necessária”, afirma.
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