Velho problema
Ônibus voltam à pauta
Câmara de Vereadores debate na próxima quinta-feira a violência contra o transporte coletivo
Paulo Rossi -
A violência no transporte coletivo segue em pauta. O tema será debatido quinta-feira, às 14h, em encontro na Câmara de Vereadores. Até o último domingo, 44 assaltos a ônibus foram registrados em Pelotas em 2018; o dobro se comparado aos dois primeiros meses do ano passado.
E, seguindo a lógica de identificar soluções para barrar novas ocorrências, no final de semana a prefeitura chegou a anunciar um ponto de partida unificado para os corujões. Na prática, a medida não deve ter grande efeito. Os episódios, em geral, ocorrem ao longo do trajeto - quando há dinheiro em caixa - e, a grande maioria, durante o dia. Ainda assim, em cada um dos horários de corujão, os cinco ônibus que atendem a diferentes bairros ficarão agrupados até partirem aos seus destinos.
O presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas, Claudiomiro Amaral, admitiu na tarde da segunda-feira: “Não foi um pedido da categoria, mas claro que sempre temos esperança que a situação melhore”. A circulação de viaturas da Brigada Militar (BM) e da Guarda Municipal (GM), assim como as blitze em dias e horários incertos, sim, tendem a trazer resultados para inibir a ação dos ladrões - ponderou Amaral.
Fique atento
1) Se você utiliza as linhas do Laranjal - Os usuários não irão mais aguardar os corujões na rua Barão de Santa Tecla, em frente à Primeira Galeria. Os veículos irão partir do Largo de Portugal, em frente ao Supermercado Guanabara e, de lá, também tomarão a rua General Osório - como os demais coletivos - até a avenida Bento Gonçalves.
2) Em direção ao Fragata - Os ônibus também não sairão mais da rua Marechal Floriano, como tradicionalmente. Os passageiros também precisarão se dirigir ao largo, mas param de correr o risco de permanecer isolados na parada.
Facilidades à integração
Ao comentar a decisão de unificar o ponto de partida dos ônibus que deixam o Centro na madrugada, o secretário de Transportes e Trânsito, Flávio Al-Alam, destacou o benefício aos trabalhadores, mas fez questão de lembrar que a medida também se transformaria em vantagem aos usuários que decidirem utilizar a integração e não precisariam aguardar o próximo ônibus em paradas com pouco ou nenhum movimento.
Al-Alam não precisou ao Diário Popular, entretanto, quantos passageiros costumam fazer uso da integração tarifária nos corujões.
Nesta quarta-feira, o secretário participa de mais uma reunião ordinária junto a integrantes do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (Ggim) para, juntos, traçarem novas operações que possam surtir efeito sobre a recorrente violência no transporte coletivo.
Melhorias no Terminal?
O secretário executivo do Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas, Enoc Guimarães, admitiu que o impacto do ponto de partida unificado sobre os assaltos deve ser mínimo. “Alguns corujões rodam sem passageiros. Nem dinheiro teriam para um assalto.”
Ao conversar com o DP na tarde da segunda-feira, Guimarães preferiu associar a medida a um primeiro passo de melhorias que estariam por vir no antigo terminal instalado no Largo de Portugal. Infraestrutura para os trabalhadores e a retirada dos ônibus que hoje se concentram no meio da rua seriam algumas das novidades que tendem a sair do papel.
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