Ensino
Para estimular o pensamento crítico
No fim de semana, Pelotas sediou a 11ª Olimpíada de Filosofia do Rio Grande do Sul
Jô Folha -
Em dias de escuridão, pensar traz luz. No sábado (20), Pelotas sediou a 11ª Olimpíada de Filosofia do Rio Grande do Sul. O evento, organizado pelas universidades Federal (UFPel) e Católica de Pelotas (UCPel), reuniu estudantes e professores dos ensinos Fundamental e Médio através do tema O que (não) pode o corpo?.
De acordo com o coordenador do curso de filosofia da UFPel, o professor Pedro Leite, o objetivo é estimular o pensamento crítico nos jovens para que possam refletir sobre temas pertinente a eles, como o bullying e autoaceitação, bem como a sociedade que os cercam. “Durante muito tempo a filosofia esteve afastada da grade curricular e hoje se discute novamente a obrigatoriedade. É preciso entender que ela cumpre um papel fundamental na formação humanística do jovem, estimulando o pensamento sobre questões éticas e de visão de mundo”, comenta. Em 2018, completam-se 10 anos da Lei 11.684, que tornou obrigatório o ensino de filosofia e também de sociologia no Ensino Médio das escolas.
Estudante do Instituto Federal Sul-Riograndense (campus Novo Hamburgo), Ana Beatriz Tubino, 15, reconhece a importância. “É importante para nos estimular a questionarmos tudo na sociedade e conhecer pontos de vista mesmo que diferentes dos meus.”
Nesta primeira vez em que a cidade sedia o evento, os cursos do Centro de Artes (Cearte) da UFPel foram chamados a participar. “A filosofia é prima da arte, por pensar esse corpo que fala, esse corpo que reflete”, explica Leite. “Nós trabalhamos os sentidos e isso tem uma relação direta com a reflexão. A escola não é apenas um lugar para aprender o conteúdo do vestibular. Ela serve para descobertas, para entender o mundo”, completa a professora Úrsula Rosa da Silva, diretora do Cearte.
Leite destaca ainda que, até por ter como objetivo o estímulo ao pensamento crítico, não há um caráter competitivo, como nas Olimpíadas de Matemática, por exemplo. Todas as atividades, portanto, foram cooperativas e, também por conta disso, foram convidados profissionais de outras áreas, como da saúde, para que o debate acerca do corpo se tornasse completo.
O evento foi dividido em duas partes: pela manhã, foram oferecidas palestras para alunos e professores. Durante a tarde, oficinas e apresentações artísticas.
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