Carinho
Para incluir cada vez mais
UFPel realiza sua primeira Mostra Cultural Inclusiva, acolhendo alunos e comunidade em geral
Paulo Rossi -
Para abraçar cada vez mais os adultos com deficiência, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realizou nesta terça-feira (17) a primeira edição de sua Mostra Cultural Inclusiva. Com os alunos da Escola de Inclusão e estudantes da UFPel, o evento trouxe oficinas, debates e palestras para ampliar esta acolhida.
Marli Rezende, diretora da escola de inclusão, projeto mantido pela Associação dos Pais e Amigos de Jovens e Adultos com Deficiência (Apajad), conta que a busca por oportunidades para adultos especiais, em especial acima dos 25 anos de idade, é fundamental. A maioria das escolas especiais são voltadas a crianças, e este projeto visa ampliar os cuidados ao grupo com mais idade. "Tem que acreditar nas possibilidades" define.
As atividades de teatro, música, moda, dança e oficina de memória mobilizaram uma grande quantidade de pessoas especiais procurando oportunidades. Uma delas era a estudante de licenciatura em dança, Giovana Silva de Carvalho. Ela contou que na universidade, foi bem acolhida e recebeu ajuda de colegas e professores tutores para evoluir cada vez mais e superar as barreiras. "Cresci muito aqui. Foi uma superação muito grande", comemorou.
A bolsista do núcleo de acessibilidade e inclusão (NAI) da UFPel, Ana Claudia Godois, salientou o sucesso da edição. Ela destacou a acolhida como essencial para expandir ao aluno o direito à educação e inclusão. A UFPel destina cotas a pessoas com deficiência, mas ela aponta outro fator como importante para esta inclusão: A tutoria. "O mais importante é a permanência dele na universidade", conta. O direito à cultura e a necessidade de cada vez mais fazer-se eventos acessíveis ao público especial foram apontados pela bolsista como ações importantes para seguir evoluindo neste aspecto.
Trabalhando para a inclusão
Durante o dia, diversos estandes e oficinas também abordaram a inclusão. Um deles, a exposição Peixinhos, idealizada pela professora Marisa Helena Degasperi do curso de letras, levou ao público imagens do livro homônimo à exposição em forma tátil. Com diferentes imagens, texturas, audiodescrição e som do fundo do mar como estímulo, atendia também ao público sem deficiência visual para demonstrar como funciona o projeto.
Além disso, o projeto de moda Kanimambo, com trabalho de imigrantes senegaleses e o projeto de moda inclusiva, do curso de antropologia da UFPel estiveram com estandes. Este último, desenvolvido pelo aluno Eligolande, buscava adaptar peças do vestuário comum a pessoas com deficiência, facilitando a mobilidade no dia a dia.
O cine debate, com o documentário Todos, no CineUFPel encerrou o evento. Com um historiador viajando para buscar a resposta sobre o que é acessibilidade, foi apresentado de forma totalmente acessível, com interprete de libras e também audiodescrição.
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