Treinamento

Para superar o medo do médico

Projeto desenvolvido por acadêmicos da UFPel simula o atendimento em saúde nas escolas, onde os pacientes são bichos de pelúcia

Jô Folha -

A ida das crianças ao médico nem sempre costuma ser acompanhada de uma reação positiva. Afinal, medos cercam a infância de quem associa a visita com procedimentos como injeções, curativos, suturas e medicamentos. Quebrar este pensamento e o receio dos pequenos em relação aos consultórios e hospitais é a proposta dos alunos do curso de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), através do projeto Teddy Bear Hospital. Leitos, blocos cirúrgicos e consultórios são montados na escola para as crianças levarem seus bichinhos de pelúcia, submetidos a vários procedimentos junto aos acadêmicos. O momento possibilita ainda aos pequenos receberem diversas instruções sobre a saúde.

Seis etapas compõem a metodologia do projeto. Na primeira, as crianças levam seus animais a uma consulta e conversam sobre o, imaginário, estado de saúde dos bichinhos. Em seguida eles são submetidos a exames de raios X, com direito a radiografia do animal de pelúcia. Após, os jovens deixam seus companheiros nos leitos e vão ajudar na cirurgia, vestidos com jalecos e máscaras cirúrgicas. Antes, claro, a higiene das mãos é feita com álcool gel. O urso que passa pelo procedimento é equipado com vários órgãos, bordados de tecido. E na Escola São Francisco de Assis - local da visita no último dia 3 - as crianças, apesar de bem novas, acertaram o nome de quase todas as partes do corpo. Por último, elas vão à farmácia receber orientações sobre qual medicamento ajudará na recuperação do bichinho.

Em algumas escolas, enquanto o grupo de quatro alunos faz o circuito, outros recebem desenhos para colorir apenas os alimentos considerados saudáveis. Segundo a estudante Daiani Beduhn, 20, - uma das coordenadoras - na maioria das vezes a atividade é desenvolvida na rede pública. E para que até os menos favorecidos tenham um ursinho, é incentivada a doação nas escolas particulares. “Muitos alunos que tinham um certo bloqueio conosco demonstraram vontade de se tornarem médicos no futuro”, contou Daiani.

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