Na tarde de sexta-feira (17), uma cerimônia firmou parceria global hospitalar entre o IPE Saúde e o Hospital Miguel Piltcher, apontado como referência regional do convênio. A expectativa é que a partir dos primeiros dias de 2022 haja ampliação da rede de atendimentos para pacientes de Pelotas e da Zona Sul. Também será possível que sejam realizados atendimentos por médicos não credenciados ao plano, que serão posteriormente ressarcidos pela instituição.

Apontado como um dos prestadores de serviço mais antigo do Convênio IPE Saúde, o Hospital Miguel Piltcher mantém a prestação de serviços vinculadas ao convênio há 54 anos. Como forma de reconhecimento ao trabalho realizado e buscando ampliar a oferta de serviços oferecidos nas cidades do interior, desvinculando o foco da capital gaúcha, a direção do convênio passou a visitar cidades do interior em busca de parcerias.

Por considerar o hospital de Pelotas como uma referência à cidade e os municípios vizinhos e por parte do hospital haver consenso de que os usuários do convênio moradores de outras localidades estavam passando por situações complicadas devido a falta de estrutura, suporte e apoio para o enfrentamento de graves problemas, foi elaborado um plano de ação de expansão para atendimentos.

Diretor-presidente do IPE Saúde, Júlio César Ruivo destaca que a parceria se trata de uma mudança de modelo do convênio e que, além de Pelotas, outras três cidades do Estado já estão em atuação com a nova oferta. "Estamos substituindo o modelo tradicional de produção pelo modelo global. Com isso vamos melhorar os recursos e dar uma facilidade maior para que todas as especialidades que tenham no Hospital estejam disponíveis para o paciente IPE. É uma grande vantagem para usuários."

Serviços

A ampliação de serviços só ocorrerá devido à nova forma de contratação dos profissionais. Atualmente para prestar atendimento pelo convênio é necessário que o profissional esteja credenciado. Já com o IPE Global será permitido que aquele que se dispuser a atender o faça, mesmo não portando vínculo com o convênio. Ao final do atendimento o pagamento será realizado ao hospital, que por fim repassará o valor ao profissional.

"Sentimos como é ficar com um grupo muito pequeno, como anestesistas, cirurgiões ou traumatologia e não poder atender. Estamos buscando ampliar não só para os moradores de Pelotas, mas para moradores da região sul. Nos municípios vizinhos, tem muita gente que possui IPE mas que não consegue acesso", explica a responsável pelo hospital, médica Maira Piltcher. Em um primeiro momento o foco será na ampliação daquelas áreas já oferecidas, mas a longo prazo há uma um planejamento para a implantação de outras especialidades.

Diretor do hospital, o médico José Antônio Recuero ainda ressalta que, além de beneficiar aqueles que possuem convênio, o novo contrato possibilitará um alívio à fila do SUS, principalmente em procedimentos que necessitam de anestesia, especialidade que sofre com menor adesão de profissionais atualmente. "Hoje a maioria dos usuários do IPE está represado no SUS porque no IPE o paciente precisa pagar por fora, então por não ter dinheiro vai para o sistema público", reitera. "Então para o hospital é importante, para a região é importante, para saúde é mais importante ainda."