Melhorias à vista
Parque da Baronesa receberá R$ 1,2 milhão para obras de requalificação
Verba vem do projeto Avançar no Esporte, que prevê a distribuição de R$ 125,8 milhões por todo Estado
Carlos Queiroz -
Na última segunda-feira a Secretaria Estadual do Esporte e Lazer divulgou uma lista com mais de 200 municípios que foram contemplados com verbas oriundas do projeto Avançar no Esporte. Em Pelotas, os recursos - que são destinados para melhorias de espaços públicos de práticas esportivas - serão destinados ao Parque da Baronesa. Ao todo, o programa destinará R$ 125,8 milhões a serem investidos em todo o Estado, sendo R$ 1,2 milhão para a requalificação do parque em Pelotas.
Grande parte dos pelotenses passou uma tarde de sol no Parque da Baronesa ou praticou algum esporte nos seus quase 1,5 mil metros quadrados, que incluem um espaço arborizado e o Museu. O local, construído em 1863 e doado ao município em 1978, faz parte da vida da comunidade e agora ganhará melhorias, passando a ter mais espaços de lazer.
Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, a proposta de requalificação do Parque, a partir do programa estadual, aconteceu em dezembro do ano passado. O projeto elaborado pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do município tem como proposta a instalação de novas praças de esportes, seis quadras esportivas - sendo quatro de areia, uma poliesportiva e uma de futebol society -, além de playground e academia. A ideia é que também haja a interligação de caminhos em concreto, instalação de iluminação em Led, paisagismo das áreas, mobiliário e um anfiteatro ao ar livre.
Ainda não há previsão de início para as obras, mas alguns frequentadores do Parque já avaliam a requalificação de forma positiva. Ester Mayer é moradora da região e frequenta seguidamente o local à tarde. "O espaço que nós temos é maravilhoso. Eu acho bom que façam novas melhorias", aponta. No entanto, mesmo favorável às modificações previstas, a geóloga, que tem uma filha de um ano e dois meses, acredita que outras melhorias poderiam ser feitas. "Poderia haver telas ao redor dos laguinhos. Isso seria interessante e é algo bem barato de se fazer. A ponte também está com os lados quebrados, é perigoso", comenta.
A estimativa é de que o projeto, cadastrado no Avançar no Esporte, tenha o custo total de aproximadamente R$ 1,5 milhão, sendo R$ 1,2 milhão custeado pelo Estado e R$ 360 mil como contrapartida do município. A iniciativa ainda precisa passar por um processo licitatório, que irá definir a empresa responsável pelas intervenções, e por isso não existe previsão do prazo de conclusão das obras ou da liberação do espaço ao uso da população.
Além de Pelotas, outras cidades da Zona Sul também foram contempladas com os investimentos do Avançar no Esporte. No quadro abaixo, as cidades e os valores a serem recebidos.
Morro Redondo R$ 187.310,00
Rio Grande R$ 838.349,76
Santa Vitória do Palmar R$ 336.925,29
São Lourenço do Sul R$ 156.000,00
Outros lugares também precisam de cuidados
Construído em 2010, o Centro de Convivência do Navegantes, mais conhecido como Ginásio do Navegantes, já foi palco de batalhas de rap, aulas de danças, shows e outros eventos que envolviam a comunidade. Atualmente, 12 anos após a sua inauguração, a estrutura apresenta sinais de abandono e entrega os estragos causados pelo tempo.
A sujeira faz parte do cenário atual. Lixo, comidas estragadas, telhas quebradas e tantos outros sinais delatam a falta de cuidados. Apesar desses problemas, os passes e os gritos de "toca a bola" ou "chuta no gol" que ecoam pelo ginásio mostram que o lugar ainda é lembrado - e muito - pela comunidade. Nathaniel Farias é um frequentador assíduo. Ele aproveita as folgas do trabalho para jogar futebol com os vizinhos no espaço. "O pessoal não tava usando muito, mas agora estão toda hora de novo. Eu gosto de jogar aqui, mas tem que melhorar", diz.
E para jogar futebol no Ginásio do Navegantes, só à tarde mesmo. À noite, segundo moradores, o espaço é tomado pelo breu, já que a iluminação e as câmeras de videomonitoramento que estavam instaladas na estrutura foram roubadas. "De noite é perigoso, tem gente que dorme aí dentro ou até se drogam", conta Gabriel da Silva, morador do bairro. O estudante diz que por viver "desde sempre" no bairro frequenta seguidamente o local e acredita que alguns itens deveriam receber mais atenção. "Tinham que colocar telhas, pois quando chove fica tudo molhado e a gente fica mal consegue parar em pé. Eu até me machuquei", finaliza o menino.
Na época, a construção do ginásio teve investimento de RS 500 mil e ocorreu pelo Programa de Prevenção à Violência (PPV), também do governo do Estado. Com o fim do programa, em 2012, o prédio passou a estar inutilizável, sendo atualmente de responsabilidade da Secretaria de Cultura (Secult).
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