Greve

Parte da frota do transporte coletivo volta a circular

Apenas 30% dos ônibus já operam nesta terça-feira com horários de domingo e feriado; a greve pode voltar na noite desta quarta-feira, caso não haja avanço na negociação

Atualizada às 11h21min para acréscimo de informações

Parte dos ônibus do transporte coletivo urbano de Pelotas voltaram a circular na manhã desta terça-feira na cidade. Através de um acordo firmado em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que media a relação entre entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP) e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Pelotas (SETRP), ficou definido que 30% da frota voltasse ao serviço na manhã desta terça-feira, 25.

Também ficou definido que nos dias úteis e em horários de pico, entre 6h e 8h30, e 17h às 19h30, as empresas deverão preencher 60% dos horários para atender uma das principais parcelas de usuários, que são os trabalhadores. Pelas estimativas do Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP), 100 mil usuários são afetados com a paralisação.

Na audiência realizada no TRT, a juíza Cacilda Ribeiro Isacsson sugeriu o reajuste de 5%, que seria avaliado pelos trabalhadores e empresários. Uma nova audiência está marcada para esta quarta-feira, às 10h.

Nesta terça-feira pela manhã, já havia movimentação nas principais paradas de ônibus do centro da cidade. Alguns usuários reclamaram da demora pela chegada de coletivos - alguns relataram esperar mais de duas horas por um ônibus. Além de estar com menos veículos rodando, soma-se a isso a baixa oferta de horários em domingos e feriados no transporte.

Greve pode voltar nesta quarta
O presidente em exercício do STTRP, Claudiomiro Amaral, não descarta uma nova paralisação a partir da noite desta quarta-feira (26). Na avaliação dos trabalhadores, não houve nenhum avanço na negociação. “Este 1% foi uma sugestão da juíza e a patronal deu a entender que não vão nos dar. A juíza nos pediu uma flexibilidade por 48h e aceitamos porque estamos dispostos a negociar”, comentou Amaral.

Dependendo do que for definido na audiência durante a manhã, uma nova assembleia deve ser realizada na noite desta quarta-feira para a categoria avaliar as condições. A expectativa é que haja nova paralisação total, caso não haja nova proposta da patronal.

“Não existe fonte de receita para custear a diferença”
De acordo com o secretário executivo do CTCP, Enoc Guimarães, não existe fonte de renda para custear qualquer correção superior a 4%. “O cálculo tarifário contempla os 4%”, diz, referindo-se ao cálculo base para o reajuste da passagem de 10,7%.

Queda de braço
Neste ano, houve grande dificuldade de acerto entre empregados e patrões. De um lado, os trabalhadores requerem 8% - 4% de inflação mais 4% de ganho real. Do outro, as empresas garantem apenas os 4% da inflação medida no último ano.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Passa de 400 número de mortos em tsunami na Indonesia Anterior

Passa de 400 número de mortos em tsunami na Indonesia

Na Missa do Galo, papa Francisco condena ganância e acúmulo de bens Próximo

Na Missa do Galo, papa Francisco condena ganância e acúmulo de bens

Deixe seu comentário