Estilo Gastronômico

Pastel, um irresistível sabor

Iguaria é encontrada em vários bares e restaurantes da cidade, mas são nos estabelecimentos específicos que o prato ganha diferentes receitas

Jô Folha -

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Por que pastel é tão bom? Será a massa crocante? O recheio escolhido? A combinação dos dois? Difícil responder. Pastel é bom quentinho, recém frito, mas também é saboroso frio, inclusive quando degustado no dia seguinte. Com exceção daqueles que têm mais vento do que recheio, pastel costuma ser sempre gostoso.

Pode não ser a refeição mais saudável, porém vale abrir mão da dieta para degustar um dos pastéis do Komill’aw, do Papuera Bar ou do Paiol. Cada pastelaria da cidade possui seu diferencial. Conheça alguns desses estabelecimentos cujo prato principal é o pastel.

Tradição do Mercado
A Pasteleria e Lancheria Paiol possui uma história de 27 anos em Pelotas, nem todos no Mercado Central, pois precisou se afastar de 2011 a 2014, quando o prédio passou por reformas. Ainda assim, o tradicional pastel do Mercado é da Paiol. 

A história da pastelaria, sob a administração dos atuais proprietários, começou em 2001, quando o casal Selomar e Glades Souza deixou Foz do Iguaçu para voltar à terra natal. Aqui, decidiram montar um negócio familiar. A oportunidade veio através da pastelaria e lancheria Paiol, que funcionava no centro do Mercado Central. A família comprou dos primeiros donos, que gerenciaram o espaço por 12 anos.

Ao assumir o estabelecimento, uma das primeiras atitudes foi modificar o cardápio. Incluíram vários sabores para os pastéis, que anteriormente possuíam apenas quatro qualidades. Trabalharam no local até 2011, quando este passou por processo de reforma.

O que iria ser seis meses de obras transformou-se em quatro anos de espera. Ficaram alojados no corredor ao lado da Bibliotheca Pública Pelotense. Finalmente, em setembro de 2014, puderam ocupar a torre do Mercado na esquina da 15 de Novembro com Tiradentes.

O pastel é a especialidade da casa. Em 15 anos, a receita não mudou: massa caseira, feita no local, diariamente. É conhecido por ser tão sequinho que as pessoas chegam a perguntar se é frito ou assado. Os sabores mais pedidos são carne e queijo, pizza, frango e queijo e chocolate. Ao total são 14 opções para escolher de recheio.

O preço é um diferencial, principalmente na região inflacionada do Centro da cidade. Cada unidade custa entre R$ 7,00 e R$ 8,00. Muitos clientes almoçam um pastel com refrigerante por menos de R$ 10,00. Ficam satisfeitos. O cardápio também inclui bolinhos de peixe, batatas fritas, picadinhos e minissalgados.

O Paiol está na única torre com três pisos. O térreo dispõe de um largo balcão, no segundo piso fica a cozinha e no terceiro um terraço ideal para curtir o fim de tarde. Possui mesas ao ar livre e uma vista privilegiada da torre do Mercado. Os turistas costumam subir para tirar fotos.

Atualmente a pastelaria funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, e sábado, das 10h às 18h. No verão fica aberto até as 21h. Nesses dias também coloca mesas no largo em frente ao estabelecimento. 

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Cerveja, rock e pastel
O pastel, desde o início, foi o carro-chefe do Papuera. Quando o bar do rock inaugurou na rua Félix da Cunha quase avenida Bento Gonçalves já apresentava o famoso sabor Turbo, composto de frango, palmito e queijo. Na época, não tinha o formato que tem hoje. Era bem maior. 

O estabelecimento permaneceu dez meses na primeira casa, sob gerência de Mário Pinheiro. Mudou-se em 2004 para a região do Porto, na rua Coronel Alberto Rosa, 51, próximo à zona universitária. Seu irmão, Paulo Bueno, assumiu o bar.

O novo proprietário chegou a pensar em tirar o pastel do cardápio, principalmente pelo fato de realizar frituras em um local pequeno. Até mesmo comprou uma prensa para começar a fazer baurus. Dela saiu somente um lanche, que não deu certo. Grudou na chapa, fez uma baita fumaça e gerou reclamação do cliente. Assim, o pastel venceu. Ganhou o protagonismo que merecia.

O pastel do Papuera tornou-se um clássico na cidade. Possui sabores indicados, como o Pizza (presunto, queijo, tomate, cebola, salame e orégano) e o Camarão (sazonal, pois é preciso perguntar sobre a disponibilidade ao garçom), além de oferecer a possibilidade “Monte seu pastel”, em que o cliente escolhe os ingredientes. Sem regras.

Paulo incorporou o prato principal da casa ao nome do bar: Papuera - Cerveja com pastel. O menu ainda dispõe de pizzas, bolinhos de peixe, salsichas bock, bolinhos de batata e outras comidas de boteco. Porém, nenhum supera a atração gastronômica do bar.

O pastel do Papuera apresenta um tamanho único, feito na medida para matar a fome de uma pessoa. Vem numa bandeja, protegido por uma tampa transparente e cortado ao meio, caso queira dividir. É retangular e bem recheado. O dono garante: alcança-se o recheio na primeira mordida. Os valores variam de R$ 10,00 a R$ 16,00.

Atualmente, o criador do pastel e irmão de Paulo voltou ao Papuera para auxiliar em manter a qualidade do produto. O Papuera Bar funciona de terça a quinta-feira, das 19h às 4h, sexta das 19h às 5h e sábado das 22h às 5h.

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Todos os gostos
A pastelaria é o projeto mais recente do Komil’aw, restaurante familiar cuja história iniciou em agosto de 1996 com um bufê da balança na esquina das ruas Almirante Barroso e Major Cícero. No início acomodava apenas 26 pessoas sentadas. O negócio deu certo e foi tomando conta da quadra. Atualmente possui mais de 30 metros quadrados dedicados ao bufê, à rotisseria e, também, à pastelaria.

O estabelecimento dedicado aos pastéis teve início em novembro de 2008, motivado pelos elogios dos clientes que apreciam os sabores do alimento servido no bufê. “A resposta do público é sempre importante”, fala o proprietário Luiz Dutra. A pastelaria funciona no mesmo prédio, de forma independente, de segunda a sábado, das 17h às 23h30min. Oferece também tele-entrega.

A receita da massa vem de família. Luiz conta que aprendeu os segredos e repassou para os funcionários. Agora, pelo volume, terceiriza essa fabricação, obedecendo, é claro, a receita original. São produzidos cerca de 600 quilos de massa de pastel por mês. O proprietário entrega que o Komil’aw está prestes a completar 280 mil pastéis vendidos desde a inauguração.

Entre os diferenciais para tamanho sucesso, Luiz acredita que a fritura em óleo de algodão, um produto livre de gorduras trans, deixa o pastel mais sequinho. Além disso, cada unidade é bem recheada com 120 gramas do sabor escolhido para cada pastel médio.

A casa oferece mais de 30 sabores, entre salgados e doces. Pode ainda turbinar o pedido colocando diferentes tipos de queijos ou acréscimo de azeitonas e ovos. O campeão de vendas é o de carne moída. Este é oferecido em uma versão gigante com um ovo inteiro, cortado ao meio e cozido na chapa junto da carne. Serve até duas pessoas. Outros sabores bastante solicitados são o de camarão e o de frango, catupiry e palmito.

O Komil’aw dispõe de três tipos de pastéis: aperitivo (8cm x 5cm), tradicional (17cm x 10cm) e Komill’aw (21cm x 13cm), com valores de R$ 5,50 até R$ 33,00. O local oferece espaço com mesas, transmite jogos de futebol e, em caso de reservas para grupos, abre o salão do restaurante para maior privacidade dos clientes. 

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Pastelaria Mogi
Rua Gonçalves Chaves, 658

Pastelaria Rodeio
Avenida Fernando Osório, 2.513

Restaurante e Pastelaria Serginho 
Rua Dom Pedro II, 706

Pontal da Barra - Restaurante e Pastelaria
Avenida Doutor Antônio Augusto Assumpção Junior, 2.773

Pastelaria do Canha
Rua Iara Silva, 34

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