Retomada
Pedro Hallal projeta futebol no Estado daqui a seis semanas
Em entrevista à Rádio Grenal nesta sexta-feira, reitor da UFPel disse que não acredita em jogos com torcida ainda em 2020
O reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pós-doutor em epidemiologia, Pedro Hallal, afirmou na tarde desta sexta-feira (3) que as partidas de futebol só deveriam retornar no Rio Grande do Sul daqui a seis semanas. “De portões fechados, creio que pode voltar o futebol por aqui em seis semanas. Com torcida, acho difícil neste ano”, projeta Hallal.
O reitor, que tornou-se uma das referências científicas no combate à pandemia da Covid-19 pelo trabalho realizado na universidade, estipula esse prazo pensando na necessidade dos clubes realizarem pelo menos três semanas de treinamentos para não colocar atletas em risco físico. Sobre a dupla Gre-Nal já ter voltado às atividades, Hallal acha benéfico para os atletas e entende, devido a uma maior exigência do calendário.
“Para os jogadores é uma boa notícia em termos de condições físicas. Grêmio e Inter possuem um calendário mais exigente com Série A e Libertadores. É pensando nos times do interior que eu estou fazendo essa previsão de seis semanas. Talvez a primeira vez que Grêmio e Inter entrariam melhor fisicamente em um Gauchão, mas faz parte e é natural que eles treinem antes”, avaliou o professor.
Pedro Hallal, no entanto, deixa claro que é contrário à postura das duas direções, de forçar um retorno neste momento. “As decisões das direções de Grêmio e Inter, até treinar fora do Estado, são decisões muito equivocadas”, afirmou.
Questionado por um dos entrevistadores se o Grêmio não conseguiria gerar uma bolha segura para os atletas ao deixá-los isolados em um hotel em Criciúma, Hallal afirmou que essa é uma ideia “fictícia”. Para isso, seria necessário colocar todos os funcionários do hotel também em isolamento e evitar qualquer tipo de contato.
Por fim, ao esclarecer que a curva de contágio no Rio Grande do Sul está ascendente e em aceleração, o reitor acredita que a partir de uma queda nas próximas três semanas, como vem ocorrendo na Região Norte do país, que - no futuro - a chance de um crescimento nos contágios é menor.
“A chance é real. Em vários lugares do mundo tem acontecido isso. Apesar de ser real, ela não é grande. Tem movimentos de novo crescimento do vírus e a maioria é curto. Pode acontecer de fechar novamente, mas quando conseguirmos colocar essas curvas para descer o nosso comportamento será semelhante ao dos outros lugares”, finalizou.
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