Alerta

Pelotas está no ranking dos casos de sífilis

Só neste primeiro semestre já são 44 casos de grávidas com sífilis e 38 congênita, total que deve aumentar quando o filhos nascerem

Os números de casos notificados de sífilis em gestantes e seus bebês (congênita) em Pelotas cresce a cada ano e são considerados expressivos. Tanto que, por determinação do Ministério da Saúde, foi criado em 2015 na cidade o Comitê Municipal de Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites B e C, para acompanhar os indicadores e desenvolver ações. Só neste primeiro semestre já são 44 casos de grávidas com sífilis e 38 congênita, total que deve aumentar quando o filhos nascerem.

A cidade está em 27º lugar no Boletim Epidemiológico 2014 pela taxa de incidência de casos de Aids. Já o Estado ocupa o segundo lugar no ranking de Aids em menores de cinco anos (1980-2014), bem como apresenta alta incidência de gestantes infectadas por HIV e sífilis. A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum.

Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, prático e de fácil execução, com leitura do resultado em 30 minutos.

Quando o TR for utilizado como triagem, nos casos positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada a um teste laboratorial, para confirmação do diagnóstico. Em caso de gestante, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o resultado de um segundo exame.

O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, mas o Ministério da Saúde recomenda a procura por um profissional de saúde para diagnóstico correto e tratamento adequado, dependendo de cada estágio. A sífilis congênita é transmitida da mãe para a criança na gestação. São complicações dessa forma da doença: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer.

Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo,

tratar corretamente a mulher e seu parceiro sexual, para evitar a transmissão vertical. “Não adianta tratar apenas a gestante e não cuidar do seu parceiro”, destaca o integrante do Comitê Municipal, José Ricardo Fonseca.

Sinais e sintomas
Sífilis primária
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele), que aparece entre dez e 90 dias após o contágio. Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses após a ferida inicial e a cicatrização espontânea. Manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés. Não coçam, mas podem surgir ínguas.

Sífilis latente
(fase assintomática)
Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em latente recente (menos de um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).

Sífilis terciária
Pode surgir de dois a 40 anos após o início da infecção. Apresenta sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Projeto de extensão da UFPel oferece minicursos sobre Marketing e empreendedorismo

Para respeitar é preciso conhecer Próximo

Para respeitar é preciso conhecer

Deixe seu comentário