Arte

Pelotas presente na Bienal do Mercosul

Parceria responsável por trazer parte da tradicional Bienal para cá foi assinada na prefeitura nesta quinta-feira

Divulgação -

A 11ª Bienal do Mercosul ocorre em Porto Alegre entre os dias 5 de abril e 4 de junho. Porém, antes disso, ela passará por Pelotas. Ao longo do mês de março, o artista plástico Jaime Lauriano estará na cidade, fazendo uma imersão nos quilombos para preparar seu projeto a ser apresentado no evento da capital.

No fim da tarde desta quinta-feira a parceria responsável por trazer parte da tradicional Bienal para cá foi assinada na prefeitura. Com a presença de autoridades, foi acertada a presença de Pelotas na bienal, que em 2018 terá a temática “O Triângulo Atlântico”, usando como referência a força da origem das Américas, da Europa e da África na formação cultural do Mercosul.

O secretário de Cultura do município, Giorgio Ronna, destacou a importância deste intercâmbio, especialmente para o segmento das artes visuais. Segundo Ronna, a manutenção do projeto de acolher artistas na cidade, assim como a saída de artistas daqui para outros lugares, trocando experiências e enriquecendo a cena cultural pelotense, serão fortalecidos com a parceria.

Coordenadora-geral da empresa produtora da Bienal, Beatriz Araújo também ressaltou os benefícios a Pelotas pela parceria. Natural daqui, apontou a importância da temática para dar visibilidade aos imigrantes em geral, especialmente aos africanos, tema principal a ser abordado durante a estadia de Lauriano no município.

Já o presidente da Bienal, Gilberto Schwartsmann, apontou a tradição cultural de Pelotas tanto nas artes quanto na proximidade do tema principal da bienal. A importância histórica e riqueza dos quilombos aqui presentes foram fundamentais para a parceria ser firmada. Citando a formação do povo brasileiro, declarou-se honrado e feliz por poder conviver com a cultura da região, convidando os pelotenses a também ir aos eventos de Porto Alegre, na região da Praça da Alfândega.

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) será um dos palcos da Bienal. Seu presidente, Paulo Amaral, também esteve em Pelotas, representando o governo do Estado. “Pelotas é a cidade culturalmente mais evoluída do Rio Grande do Sul”, declarou.
A estrutura do município no âmbito artístico e o histórico de ser pioneira e forte no consumo das artes foram exaltadas por Amaral. Ele lamentou a impossibilidade de trazer mais intervenções, mas considerou a oportunidade como importante para continuar crescendo.

O artista
Por quatro semanas, Jaime Lauriano estará em Pelotas. Além de apresentar uma mostra de seu trabalho no Casarão 6, buscará as raízes do povo gaúcho com ênfase na imigração africana. Segundo Beatriz Araújo, em 2017 ele visitou a cidade para conhecer um pouco daqui.

Como o projeto será criado após a imersão dele na realidade dos quilombos, baseado na convivência, ainda não é possível citar qual será a sua criação. O artista plástico trabalha também com peças audiovisuais, objetos e textos críticos. Em sua biografia, destaca que sua obra “(…) busca trazer à superfície traumas históricos relegados ao passado, aos arquivos confinados, em uma proposta de revisão e reelaboração coletiva da História”.

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