Medicina

Pelotas realiza primeira cirurgia intrauterina da região

Especialista de São Paulo vem ajudar equipe do HUSFP na intervenção delicada e de risco para a gestante e os fetos

Jô Folha -

Uma cirurgia inédita em Pelotas e na região será realizada na manhã desse sábado (28), no Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP). Trata-se de intervenção intrauterina delicada e de risco para a paciente, uma gestante de 25 semanas, e os gêmeos que espera. O especialista é um dos precursores da Medicina Fetal no Brasil. Maurício Saito, de São Paulo, vem à cidade especialmente para atuar junto com as também especialistas locais Tatiane Bilhalva Fogaça e Guadalupe Bertoldi Nascimento.

A equipe vai dividir a placenta de modo a tornar os fetos mais independentes, visto que há uma discrepância grande quanto ao desenvolvimento de um em relação ao outro, explica Tatiane. Segundo ela, o procedimento vai possibilitar que cada um (são dois meninos) tenha o seu próprio segmento. "Para nós é uma grande conquista", enfatiza, ao destacar que a intenção é dar viabilidade à gestação gemelar. Estima que a intervenção dure de três a quatro horas, não havendo intercorrências.

A paciente é uma psicóloga de 30 anos, que não titubeou em aceitar a realização do procedimento. "Mostrou-se bem esclarecida desde o início, nas decisões a serem tomadas", comenta Tatiane. Ela é de Pelotas e a cirurgia a ser submetida não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Pela rede particular, custaria em torno de R$ 100 mil nos grandes centros, onde já é feita.

Após o diagnóstico, houve um esforço da equipe para viabilizar a resolução do caso. O procedimento será realizado pelo HUSFP em parceria com a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e apoio acadêmico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), de outras entidades e da Associação Médica de Pelotas, que está ajudando a trazer o profissional, enfatiza a também médica Lara Real Loiola.

Maurício Saito é cirurgião fetal do Núcleo de Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia do Hospital Samaritano. De acordo com Tatiane, a realização da cirurgia é um importante ganho para a cidade, a região e as universidades. "Podemos e temos condições de criar esse vínculo e quem sabe dar continuidade a esse tipo de procedimento em Pelotas", acentua. Alguns alunos serão selecionados para acompanhar a operação, que deve ter início às 9h.

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