Há pouco mais de um ano uma terapia alternativa, capaz de aliviar dores e ajudar no tratamento de problemas físicos e psíquicos, passou a ser oferecida em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Pelotas: a auriculoterapia. Atendimento diferenciado que, agora, está oportunizando uma qualificação profissional, gratuita. O Ministério da Saúde escolheu o município para sediar o curso de Formação em Auriculoterapia. As inscrições estão abertas até a próxima terça-feira (30) e as aulas serão realizadas de forma semi-presencial, com data de início a ser confirmada.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Ensino e Serviço e das Práticas Integrativas Complementares (PICs) da Secretaria Municipal de Saúde, Aline Geppert, a formação é voltada para profissionais de saúde com ensino superior que tenham vínculo com a rede de Atenção Básica. "Pode estar lotado em alguma equipe de Saúde da Família, UBS, Atenção Domiciliar, por exemplo. Estão sendo oferecidas 125 vagas", informa Aline. 

O curso, promovido em conjunto pelo governo federal e Universidade de Santa Catarina, será dividido em duas etapas, sendo a primeira com aulas a distância, com carga horária de 75 horas, em cinco módulos sequenciais. Há também uma etapa presencial de 5 horas, que será realizada após período EAD. O início das aulas ainda deve ser confirmado.

Desde 2016, o Ministério da Saúde formou 4 mil trabalhadores, em 21 estados brasileiros, para o atendimento da população. No ano passado, 11 profissionais de saúde de Pelotas foram qualificados para realizar a técnica nas rede de Atenção Básica do Município, quando foram até o município de Canoas para realizar a etapa presencial.

O que é Auriculoterapia?

Com origem oriental, a auriculoterapia se caracteriza pela estimulação mecânica do pavilhão auricular do paciente com sementes ou objetos em formato de esfera. A prática é utilizada para aliviar dores e até mesmo tratar problemas físicos e psíquicos. 

Terapia em Pelotas

A auriculoterapia faz parte do programa de Práticas Integrativas Complementares (PICs), executado na rede de Atenção Básica municipal, há cerca de três anos. "As PICs foram implantadas como uma forma de absorver a demanda vinda do acolhimento, o de os usuários precisam que de atenção, mas nem sempre com o indicativo de atendimento médico. A primeira terapia oferecida foi o reiki e, desde o ano passado, estamos com a auriculoterapia", conta a coordenadora das PICs.

Com atendimento coletivo, em cinco UBSs, cerca de 50 pacientes já testaram os benefícios da terapia. Boa parte tem problemas crônicos, como diabetes, hipertensão, dores ou ainda sofrem de alguma questão ligada a problemas emocionais. "Temos relatos bem importantes, dos nossos pacientes, de diminuição de dores lombares, nas articulações. Na relação psicológica também temos resultados positivos para tratamentos de ansiedade, insônia e depressão", diz Aline.

Como o atendimento à população é uma atividade coletiva, as sessões de auriculoterpia estão suspensas devido à pandemia causada pelo novo coronavírus.

Serviço do curso

As inscrições para a Formação em Auriculoterapia estão abertas até a próxima terça-feira (30) e podem ser feitas pelo site.