Descarte

Pelotas terá oito ecopontos até 2020, diz prefeitura

Carência de locais próprios para o descarte de materiais que não são comportados pela coleta comum é histórica no município

Paulo Rossi -

A proposta é ousada, mas necessária. A carência de locais próprios ao descarte de materiais que não são comportados pelo lixo doméstico ainda é grande na cidade. Basta olhar nas ruas e constatar o acúmulo de móveis velhos, pneus e restos de podas. Para ao menos amenizar o problema, a Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui) pretende instalar oito novos Ecopontos na cidade até o final do atual mandato, em dezembro de 2020.

Dois deles estão em fase de implantação e um terceiro foi cogitado. O mais adiantado fica na esquina das ruas Bom Jesus e Gramado, no bairro Laranjal. O local já conta com coletoras para receber os resíduos e um contêiner que servirá de escritório. Sua inauguração está prevista para ocorrer até o fim deste mês. De acordo com o titular da Ssui, Jeferson Dutra, falta apenas a instalação das redes de água e de energia elétrica, o ajardinamento e o licenciamento, feito pela Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA).

Outro Ecoponto encaminhado fica na rua Paulo Guilayn, na Balsa. O terreno a ser utilizado já era de propriedade da prefeitura. Para a conclusão deste falta a instalação de toda a infraestrutura (coletoras, escritório, água e luz, entre outras) e também o licenciamento ambiental. Outra unidade deve ser instalada na rua Mário Peiruque e ainda está em fase de estudos. Com a conclusão dos três locais, a cidade ficará com cinco Ecopontos. Os outros dois funcionam na avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira (Areal) e na rua Machado de Assis, 285 (Fragata).

Todo o material recolhido é destinado a empresas de reciclagem habilitadas a realizar o serviço. Em cada local trabalham duas pessoas de uma cooperativa de reciclagem e dois administradores ligados à prefeitura. Diversas cooperativas da cidade se revezam no serviço, trocando a equipe a cada 30 dias. Os Ecopontos estão aptos a receber pneus porque conseguiram uma empresa responsável pela sua reciclagem.

Thalia Lima estava a passeio na praia do Laranjal e não sabia da inauguração do novo Ecoponto no bairro, mas aprova a estrutura. “Tem bastante lixo nas ruas, principalmente móveis, sofás e pneus”, comenta. Ela ressalta que os materiais geralmente são encontrados em valetas, piorando a paisagem da cidade. A possibilidade de descartar os resíduos corretamente é comemorada por ela. “Acho que falta divulgação”, critica.

Apesar dos esforços, Jeferson Dutra reconhece que ainda há pessoas descartando irregularmente os resíduos. Ele cita como exemplo o feriadão de Carnaval. Os Ecopontos aderiram ao ponto facultativo e não abriram. Na quarta-feira, havia tanto lixo em frente à Unidade da JK que encheu um caminhão. “As pessoas não têm consciência de que são responsáveis pelos seus resíduos”, fala.

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