Papanicolau
Perícias passam para o Hospital de Clínicas
Justiça definiu que o laboratório da instituição da capital determinará metodologia para realizar prova pericial dos exames de pré-câncer
Gabriel Huth -
O juiz da 6ª Vara Cível de Pelotas, Luís Antônio Saud Teles, nomeouno início da semana o Hospital de Clínicas de Porto Alegre para a realização de prova pericial das lâminas e dos laudos dos exames citopatológicos apreendidos no mês passado no Laboratório SEG - Serviços Especializados de Ginecologia Ltda. No despacho, o magistrado aponta que a instituição de saúde da capital deverá indicar a forma, o método, o tempo e o custo da operação. Foram retirados do SEG e encaminhados ao cartório do Fórum 25 mil amostras e laudos, referentes aos anos de 2015 e 2016. A quantidade que passará pela perícia ainda será definida pela Justiça.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da prefeitura (Ascom), a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), desde que o caso veio à tona, buscou ter acesso às lâminas para que fossem encaminhadas para um laboratório com credibilidade reconhecida. “A decisão da Justiça confirma o caminho definido pela prefeitura desde o início deste processo. Sempre buscamos a verdade. Não é discurso que vai trazer esta verdade, mas a revisão das lâminas. O hospital escolhido tem qualidade técnica reconhecida e credibilidade para fazer este trabalho e nos trazer a informação correta, dizendo se houve erro acima do aceitável, se houve fraude ou não”, afirma a prefeita.
Saud Teles concedeu, em agosto, liminar à prefeitura, que buscava garantir o acesso ao material necessário para a contraprova. A empresa SEG, que fazia os laudos em Pelotas até o julho deste ano e é alvo de investigações, havia entrado com pedido na Justiça para barrar esse procedimento. No dia 13 de agosto, o SEG teve o mandado de segurança negado pelo juiz. Em razão disso, a Procuradoria-Geral do Município entrou com uma ação de produção antecipada de prova.
Outra parte das amostras, correspondentes ao período de janeiro de 2017 a junho de 2018, retiradas do SEG pelo Ministério Público no dia 20 de julho, deverá passar por análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP). O órgão estadual mantém o material sob custódia, em Porto Alegre.
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