Luto

Pesquisador e professor Algenor Gomes morre aos 77 anos

Ao longo da profissão, se destacou como responsável pela redução de custos e pelo aumento da produtividade e da lucratividade em muitas das lavouras de arroz do Rio Grande do Sul

Atualizada às 16h38min para acréscimo de informações

Morreu nesta terça-feira (1) o pesquisador e professor Algenor da Silva Gomes, destaque na comunidade científica, principalmente no desenvolvimento de tecnologias integradas para beneficiar as lavouras de arroz. O engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia foi reconhecido por uma dedicada atenção às demandas da orizicultura. Diversas instituições representativas do Estado e especialmente do município, no âmbito da Ciência e Tecnologia, como a Embrapa Clima Temperado e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) prestaram suas homenagens ao profissional e amigo que atuou por várias décadas. Algenor foi vitimado por um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Algenor da Silva Gomes era natural de Rosário do Sul. Iniciou suas atividades em 1966, na área de solos, associando posteriormente o manejo da cultura do arroz irrigado e a rotação de culturas em áreas de várzea, com ênfase no manuseio do solo e da água. Foi professor da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (Faem) da UFPel e era aposentado como pesquisador da Embrapa.

Na unidade de pesquisas assumiu por diversas ocasiões também cargos de gestão como subchefe da Unidade de Execução de Pesquisa de âmbito Estadual da Embrapa, de 1975 a 1978; chefe da Unidade de Execução de Pesquisa de âmbito Estadual da Embrapa, de 1978 a 1985; chefe do Centro de Pesquisa Agropecuária de Terras Baixas de Clima Temperado da Embrapa de 1990 a 1993 e como chefe-adjunto de Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado da Embrapa de 1997 a 1999. Ele alcançou 32 anos de desempenho profissional junto a Empresa, sendo admitido em 1976 e se aposentando em 2008. Gomes foi também presidente da Associação dos Engenheiros Agronômos de Pelotas (Aeapel) e consultor internacional em sistemas de plantio direto em arroz irrigado.

Ao longo da profissão, se destacou como responsável pela redução de custos e pelo aumento da produtividade e da lucratividade em muitas das lavouras de arroz do Rio Grande do Sul. O Projeto Marca (de manejo racional da cultura do arroz irrigado) lhe rendeu o Troféu Cientista do Arroz, conferido pela Federarroz, sendo indicado também como Pesquisador do Ano pela Sociedade Sul - Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai) e o Prêmio Destaque em Pesquisa pela Aeapel.

Como uma de suas fortes contribuições ao setor orizícola foi Programa Marca, lançado em Rosário do Sul, no ano de 2003 ao propor uma interação entre os atores da cadeia produtiva do Estado, em função das deficiências pesquisadas. A proposta era que os produtores utilizassem cultivares de arroz com alto potencial produtivo, e com maior estabilidade de produção, e aplicassem, de modo racional, técnicas de manejo integradas. O resultado trouxe benefícios para toda cadeia produtiva.

Gomes recebeu dezenas de homenagens como chefe e professor titular do departamento de Solos, no Curso de Agronomia da UFPel e como chefe e pesquisador da Embrapa Clima Temperado. Atuou em linhas de pesquisa focadas na relação solo-água-planta, física, manejo do solo e manejo da cultura do arroz irrigado. Como autor e coautor publicou mais de uma centena de trabalhos de pesquisa em revistas especializadas e Congressos em todo o Brasil. Como autor e editor publicou seis livros sobre temas relacionados ao arroz irrigado.

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