Investimento

Petroleiras arrematam blocos na Bacia de Pelotas

Possibilidade de petróleo na costa gaúcha volta a chamar atenção do setor

Foto: Divulgação - DP - Governo arrematou um bônus de assinatura total de R$ 298 milhões

Em leilão realizado na quarta-feira (13) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 44 blocos exploratórios na Bacia de Pelotas foram arrematados. Com o certame, o governo arrematou um bônus de assinatura total de R$ 298 milhões. As empresas também se comprometeram com um investimento mínimo de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Entre os ganhadores estavam a Petrobras, a americana Chevron, a britânica Shell e a chinesa CNOOC. Foram leiloados blocos em seis dos 12 setores ofertados: SP-AP1, SP-AUP2, SP-AUP3, SP-AUP4, SP-AUP7 e SP-AUP8.

A Bacia de Pelotas, apesar do nome, ocupa a costa que se estende de Santa Catarina até o Alto de Polônio, no Uruguai. Apesar de ser alvo de estudos desde a década de 1950, até o momento as pesquisas não identificaram um potencial relevante para exploração de petróleo na área, e um investimento na investigação da bacia seria elevado e arriscado, já que não há evidências relevantes da presença de combustíveis fósseis.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, comemorou o resultado, avaliando que a aquisição dos blocos é essencial para atender à demanda de energia. "Buscamos a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda de energia durante a transição energética com a menor pegada de carbono possível", disse.

O interesse na região voltou à tona no começo deste ano, quando a petroleira Challenger Energy anunciou ter identificado a possibilidade de extração de um a dois bilhões de barris de petróleo em três blocos da Bacia de Pelotas do lado uruguaio. A descoberta recente de petróleo na costa da Namíbia, que possui similaridades com a Bacia de Pelotas, no outro lado do oceano Atlântico, ajudou a reforçar o interesse na costa brasileira.

Além da Bacia de Pelotas, foram arrematados blocos em todas as outras oito bacias que tinham áreas em oferta, somando R$ 421,7 milhões em bônus de assinatura e ao menos R$ 2 bilhões em investimentos na fase de exploração.

Uma ampliação da exploração de combustíveis fósseis, no entanto, é alvo de críticas, em especial de ambientalistas, que cobram a transição para uma matriz energética limpa. Um estudo divulgado na semana passada pelo Instituto Arayra aponta que os blocos ofertados pela ANP representam ameaças socioambientais, com blocos da Bacia de Pelotas sendo sobrepostos a ambientes coralíneos prioritários para preservação.

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