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Porto de Pelotas é o segundo do RS em número de movimentação

Apesar de ter a menor capacidade dentre os embarcaderos gaúchos, o volume de tráfego do local só perde para Rio Grande

Foto: QZ7 Filmes - DP - Soja, madeira e o clínquer movimentam o porto durante todo o ano

O cais às margens do Canal São Gonçalo é responsável pela segunda maior movimentação portuária do Rio Grande do Sul. Com o registro do fluxo de 638,9 mil toneladas de cargas, no primeiro semestre deste ano, o Porto de Pelotas, apesar de sua estrutura 1.500% menor, ultrapassa o embarcadero de Porto Alegre, conforme a Portos RS. Os números são alcançados com o transporte, de apenas três tipos de produtos, realizado somente nas hidrovias de dentro do Estado.

As barcaças que chegam diariamente na área portuária pelotense para carregar toras de madeira representam 90% do tráfego do local. Somente do produto, foram registradas 537,7 toneladas nos primeiros seis meses do ano. Em seguida, o segundo item que mais passa pelo cais é o clínquer. Do item, uma espécie de cimento bruto, foram 98.258 toneladas. Já a soja, embarcada em junho em razão da safra, representou 2,9 toneladas do total.

Com uma estrutura operacional que dispõe de um cais acostável de 500 metros de extensão, acomodando cinco berços de atracação e profundidade de 5,18 metros, o Porto não possui capacidade para que grandes embarcações possam atracar. Neste sentido, a movimentação superior a Porto Alegre, que a título de comparação possui um cais de oito quilômetros, se dá em razão de dois fatores: proximidade com o de Rio Grande e a busca pelas empresas por uma logística mais barata.

Pelotas é o ponto central no caminho entre a madeira e a celulose que chega à cidade vizinha. Para que as embarcações que levam a matéria prima ao Porto de Rio Grande não retornem vazias a Guaíba, a solução encontrada foi o carregamento de toras em Pelotas antes da volta para o destino final. "Quando as empresas conseguem ajustar a logística, a hidrovia fica mais em conta", comenta o gerente de operações, Antônio Ozório. Já o clínquer é transportado por caminhões de Candiota até o porto e do Município até Santa Rita, no rio Caí. "Evita que os caminhões cruzem todo o Rio Grande do Sul". E por último, sazonalmente, a soja embarca no cais pelotense rumo a Rio Grande. A partir desses produtos, o tráfego do transporte no primeiro semestre foi de 257 barcaças.

Movimentação e otimização
Diferente da soja, a madeira e o clínquer movimentam o porto durante todo o ano. Somente para carregar as toras, a média de embarcações que chegam ao porto diariamente é de duas, com capacidade de três toneladas. Mesmo assim, conforme Ozório, a meta da gestão é intensificar esse fluxo, o que, segundo ele, é oportunizado pela gerência pública do complexo de Portos do Estado, a partir da criação de um setor comercial.

O gerente explica que com a nova administração permitiu a extensão da utilização dos anteriores 130 metros do cais para 500 metros. A nova pretensão é atingir a lotação máxima dos berçários de atracação. "Temos condições e ainda estamos subaproveitados, usualmente são utilizados apenas dois berços, somente em situações esporádicas os quatro estão ocupados, isso quer dizer que temos espaço de crescimento", destaca.

A partir das melhores condições, Ozório ressalta que desde 2020 o Porto de Pelotas tem conseguido manter uma média de 10% de acréscimo de movimentação ao ano, em 2022, foram 1,2 milhão de toneladas. "Esse ano queremos chegar a 1,3 milhão de toneladas". Além disso, os três armazéns do local deverão ser recuperados para oferta de futuros arrendamentos.

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