*Com informações da FEE

O Porto de Pelotas fechará o 2017 com a maior movimentação de cargas, pelo menos, dos últimos 30 anos. Até a tarde de ontem, mais de 872 mil toneladas haviam circulado pela área portuária; um salto de mais de 200% se comparado aos dados de 2016. O balanço financeiro também fechará o ano com números históricos. Até o final do mês de novembro, a receita já ultrapassava R$ 1 milhão. E a perspectiva para 2018 é ainda mais positiva. 

Quem afirma é o chefe de Divisão do Porto de Pelotas, Cláudio Oliveira. E o contrato com a Celulose Riograndense - para despachar as toras de madeira para Guaíba - é apenas uma das razões que ainda merecem ser comemoradas. O trigo é mais um dos produtos que passaram a integrar a lista de operações e também se destaca, mesmo que com volume baixo.

“O nosso porto tem característica de navegação interior, dentro do Estado, mas este ano já movimentamos uma pequena carga de soja para exportação”, acrescenta Oliveira, entre os argumentos para celebrar os resultados. E foi justamente sobre as vendas para outros países o boletim apresentado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) na manhã de ontem.

Nas exportações gaúchas, queda em preços, mas aumento em volume
As exportações do Rio Grande do Sul fecharam o mês de novembro com queda nos preços (22,3%), mas aumento no volume exportado (14,3%). Plataformas de perfuração ou de exploração e celulose foram os produtos que mais contribuíram para a queda das exportações gaúchas, enquanto a soja em grão foi o destaque positivo. 

O Estado foi o terceiro maior exportador do Brasil, em novembro, apresentando 8,55% das vendas externas nacionais.

Os principais produtos exportados pelo Rio Grande do Sul, neste último mês, foram soja em grão (19,90%), fumo em folhas (15,27%), carne de frango (6,50%), polímeros (5,59%) e automóveis de passageiros (4,77%). Esses cinco produtos representaram mais da metade (52,02%) do valor exportado total obtido pelo Estado. Em relação aos principais países de destino dos produtos gaúchos, destacaram-se China (30,22%), Argentina (12,22%), Estados Unidos (6,46%), Bélgica (3,67%) e Chile (3,30%), que, juntos, foram responsáveis por 55,86% das vendas externas gaúchas. Os dados foram divulgados na quinta-feira pela FEE.