Demanda
Postos de saúde em Pelotas devem receber doses na próxima semana
A maioria das doses de imunização estarão na rede nesta terça-feira, com exceção da hepatite
Fotos: Rafael Takaki
Dificuldades de produção, trâmites alfandegários e lentidão por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão, desde o ano passado, prejudicando o abastecimento de vacinas do Ministério da Saúde aos Estados. Em Pelotas, os principais déficits foram nas vacinas antitetânica, tríplice viral e hepatite B, que chegaram até mesmo a ficarem ausentes da rede pública. Um recebimento de doses previsto para terça-feira (08) deve suprir boa parte da demanda local, que já vem se estabilizando desde janeiro com repasses federais.
No momento, segundo a 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), não há falta de vacinas na cidade, porém a quantidade ainda é baixa para a demanda reprimida que surgiu com as falhas na distribuição. No quadro, há exceção para as imunizações de hepatite A (Crie), uma dose especial para quem não pode receber a disponível na rede, a dTPA adulto, para difteria, tétano e pertussis acelular ou coqueluche e a DTPa (Crie) infantil. Quanto a estas, a coordenadora de imunização da 3ª CRS Cláudia Berardi diz que o recebimento deverá demorar por falta de produção dos laboratórios responsáveis. Os soros antirrábico, antivenenos, antitetânico e antibotulínico também enfrentam problemas de emissão. Quanto ao botulínico, por exemplo, seu último repasse foi em 30 de abril de 2015.
Para quem busca a imunização dos filhos na rede pública de saúde, o retorno do abastecimento coloca fim a uma grande preocupação. Recorrendo pela segunda vez ao Centro de Especialidades de Pelotas para vacinar Muriel, de três meses, Thais do Amaral pôde, enfim, cumprir com a obrigação. O pequeno deveria ter recebido a vacina para paralisia infantil há um mês, porém estava indisponível tanto no Centro quanto nos postinhos de saúde. A solução foi esperar. A paciência deve seguir, inclusive, segundo o coordenador adjunto da 3ª CRS Gabriel Andina pelos próximos meses. Com um ano onde os recebimentos foram abaixo da necessidade, Andina explica que os municípios precisarão de tempo para organizarem as demandas que ficaram para trás. A expectativa é de que, a partir do final de março, a rede esteja com os estoques regularizados.
O que diz o Ministério
Não é apenas o Rio Grande do Sul que sofre com a falta de vacinas na rede pública de saúde. O problema é em todo país. Em nota, o Ministério da Saúde, que fornece as doses através do Programa Nacional de Imunizações, afirmou estar buscando soluções à indisponibilidade de produção das doses e que os contratos com os laboratórios estão em andamento. Devido a estes problemas, em dezembro, por exemplo, o Rio Grande do Sul recebeu apenas 16 mil, das 40 mil doses que são enviadas pelo MS.
O órgão também divulgou que está no aguardo da chegada de novos lotes da vacina dTPA (Crie) e que já adquiriu também dez mil doses da vacina hepatite A (Crie). No último mês, segundo o MS, 12,7 milhões de doses foram enviadas aos Estados brasileiros.
Disponíveis
BCG
Hepatite B
Pentavalente
VIP e VOP
Pneumo 10
Rotavírus
Meningo C
Febre Amarela
Tríplice viral
Tetraviral
Hepatite A pediátrica
Dupla adulto
HPV
DTTA
Indisponíveis
Hepatite A (Crie)
DTPa (Crie)
dTPA reforço adulto
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