Escoteiros revitalizaram brinquedos e fizeram a limpeza do local (Foto: Carlos Queiroz - DP)

Um grupo 30 escoteiros revitalizou, na tarde deste sábado, uma pequena praça na Cohab Pestano, na Zona Norte de Pelotas. Destinada para crianças, o espaço estava com grama alta e com os bancos e brinquedos quebrados. Além de uma limpeza e recolhimento de lixo, o Grupo Escoteiro Itaipu consertou brinquedos e plantou flores na área. A iniciativa faz parte de uma programação nacional da União dos Escoteiros do Brasil que está fazendo mutirões comunitários em vários lugares do país.

Formado por crianças e jovens da Zona Norte, muitos daqueles que trabalhavam na praça eram moradores do bairro. É o caso do estudante de telecomunicações do Instituto Federal Sul Riograndense (IF-Sul), Pablo Dutra, 22 anos. Hoje assistente do chefe, o jovem está no grupo há anos e todos os sábados encontram-se para alguma atividade. Na tarde deste sábado, o compromisso era a poucos metros de casa.

“É legal poder fazer alguma coisa pela nossa comunidade”, indicou enquanto martelava pregos na base de madeira de um escorregador.

Os mais novos, os lobinhos, eram responsáveis pela limpeza do local. Já o grupo de escoteiros, entre 11 e 15 anos, fazia a pintura de madeiras de bancos e cavavam buracos para fixar o assento no chão. Os grupos sênior, pioneiro e chefe serravam, martelavam e consertavam os brinquedos danificados.

Espaço de convívio
Com a supervisão de Suelen Chaves, os grupos trabalhavam abaixo do sol. “É uma forma de contribuir com a natureza, onde a gente trabalha, além de mostrar a importância de cuidar do que é nosso, no caso desta área pública aqui”, disse Suelen. Além de revitalizar a pracinha, os escoteiros também querem chamar a atenção para os cuidados com os espaços coletivos e uso comum da população. Se cada um fizer a sua parte, acredita Suelen, a população pode ter áreas de convivência com muito mais qualidade.

Tomando um mate na sombra das árvores, o casal Mateus Ribeiro e Francine Cardoso aprovaram a ação. “Tomara que agora a comunidade cuide porque normalmente não dura muito tempo”, lamentou Mateus. O casal disse sentir a falta de espaços públicos qualificados na região, carente de lazer.