Cobrança

Prefeitos da Zona Sul cobram agilidade no restabelecimento de energia elétrica

Sem previsão de retorno da normalidade do serviço, representantes de municípios se reuniram com direção da CEEE Equatorial

Foto: Divulgação - Prefeito de Canguçu, Vinícius Pegoraro, foi um dos que solicitaram ajuda

Cinco dias após a passagem do ciclone extratropical, diversos municípios da Zona Sul ainda estão enfrentando os transtornos gerados pela falta de energia elétrica. Diante disso, nesta segunda-feira (17), oito representantes de cidades da região se deslocaram a Porto Alegre para se reunir com a direção da CEEE Equatorial com o propósito de reivindicar agilidade no restabelecimento do serviço. Dentre os principais prejuízos, prefeitos apontam perda de produções rurais e em segmentos comerciais.

De acordo com os prefeitos presentes no encontro, a empresa já havia enviado 17 caminhões de manutenção a mais para a região na tarde desta segunda e como resposta a reivindicação, um efetivo de mais 20 veículos estaria chegando hoje a partir das 5 horas da manhã para reforçar os atendimentos nas zonas rurais da Metade Sul. Além disso, a CEEE teria informado a possibilidade da criação de um comitê de crises com os municípios da Metade Sul para a prestação de serviços em futuros transtornos climáticos.

Em Canguçu, um dos municípios mais afetados pela falta de eletricidade, até o final da tarde de hoje (segunda-feira) havia 1,8 mil clientes sem energia, já o prefeito Vinicius Pegoraro (MDB), apontava aproximadamente três mil. Conforme o gestor, a zona rural é onde as perdas mais preocupam, já que a produção de leite e de carne está estragando sem refrigeração. "São pequenas propriedades em que realizam o abate de animais para estoque em freezers e esse alimento é para o ano inteiro. O pessoal está perdendo o alimento e são famílias de baixa renda".

Já em Cerrito, seriam mil residências sem eletricidade até a manhã de hoje, conforme aponta o prefeito Douglas Silveira (PP). No Município, a situação é semelhante com Canguçu, sendo a população da zona rural a mais atingida e em razão de algumas localidades também estarem sem água, a Prefeitura estuda antecipar o recesso escolar. "Hoje suspendemos as aulas da escola Jaime Faria na Vila Freire, pois estamos sem água e luz", diz.

Silveira destaca que após cinco dias em que a maior parte da cidade está sem eletricidade, os prejuízos são incontáveis e que ele teria inclusive acionado o Ministério Público sobre a situação. "Pois não podemos ficar nessa situação com a Equatorial. Era prevista essa intempérie climática, a empresa deveria estar mais bem preparada", argumenta.

Já o vice-prefeito do Capão do Leão, Jefferson Antuarte (PSD), reclama que neste período são poucas vezes que é possível notar alguma equipe da CEEE trabalhando na cidade para restaurar o serviço. "Na zona rural foi dito por eles que não tinham quando chegar lá e tem bastante estragos como postes caídos", conta. Segundo o gestor, somente na área urbana são 1,5 mil clientes sem energia e o contato com a empresa tem sido dificultoso, não havendo disponibilidade de informações como a previsão de restabelecimento da eletricidade. "Estamos pedindo mais agilidade, já vai para seis dias sem atenção, sem a gente receber uma informação de quando vão agir", ressalta.

Além dos gestores de Canguçu, Cerrito e Capão do Leão, também estiveram na reunião os representantes de Turuçu, Arroio do Padre, Piratini, Morro Redondo e Pedro Osório.

Decreto de emergência
Após a avaliação dos danos causados pelo ciclone, dois municípios da Metade Sul decretaram situação de emergência. Rio Grande emitiu o decreto no sábado (15). Sendo uma das mais impactadas, na cidade, quatro pessoas morreram, além de 190 casas terem sido destelhadas. Já em São Lourenço do Sul, a declaração foi emitida pela Prefeitura nesta segunda. No Município, foram 180 casas danificadas e mais de 200 árvores tombadas.

Dentre as localidades mais afetadas pelo ciclone, São José do Norte ainda realiza levantamentos sobre os impactos para emissão do decreto até o final da semana. Pelotas ainda calcula os danos no Município, mas a Prefeitura ainda não possui definição sobre um possível decreto.

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