Praia

Procura por aluguel para temporada no Laranjal aumenta 30%

Alta nas buscas em comparação a 2022 torna mais difícil encontrar imóveis disponíveis; pelotenses são os principais locatários

Foto: Carlos Queiroz - DP - Veranistas priorizam casas com piscina

Por Victoria Fonseca
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)

O Laranjal tem sido refúgio para os moradores de Pelotas que desejam desfrutar de um período de calor e descanso na praia. Nesta temporada de veraneio, encontrar imóveis disponíveis para janeiro e fevereiro é tarefa difícil. Até o momento, a procura tem sido cerca de 30% maior em comparação com o ano passado, estimam imobiliárias. Entre os locatários, a maior parte é de pelotenses e a demanda, em geral, tem sido por estadias de dez a 15 dias.

Desde outubro do ano passado os imóveis estão sendo alugados para o verão de diversas formas, seja por meio das tradicionais imobiliárias ou pela internet em anúncios em redes sociais e aplicativos. A procura se intensificou a partir de novembro devido ao período de férias e recessos escolares, sendo a hospedagem por poucos dias a mais desejada pelos veranistas.

Proprietário de uma imobiliária, Aldo Borges explica que apesar da grande busca pela locação por períodos curtos, ele disponibiliza residências somente para estadias acima de dez dias. Mesmo assim, para este mês, entre 30 e 40 imóveis foram alugados com o corretor. O perfil de clientes, em sua grande maioria, é de famílias que buscam sair da cidade e priorizam a visitação dos imóveis antes de alugar. "O pessoal telefona para cá, às vezes manda e-mail e vem aqui pessoalmente, tanto os locadores quanto os locatários. Gostam de visitar as casas, não alugo sem as visitações", diz.

Em média, os preços das diárias em casas com piscina e dois dormitórios é de R$ 300 na imobiliária. Sem piscina fica em torno de R$ 170. Conforme o corretor, 70% das residências são ocupadas por pelotenses. "Pessoal daqui mesmo, que querem passar o calor aqui", comenta.

Mudança de perfil
Corretor há mais de 30 anos, André Gonçalves reforça que o perfil do locatário mudou. Segundo ele, antes os veranistas buscavam imóveis para no mínimo 30 dias, mas agora a maioria quer no máximo dez dias. "Antigamente se alugava casas para dezembro e janeiro, geralmente por dois meses, depois se passou para 45 dias em média, agora alugamos, dez, 15 dias".

Mesmo com a mudança de comportamento e o surgimento de aplicativos e redes sociais, a imobiliária em atua mediou o aluguel de diversas residências, principalmente entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, mesmo sendo a época de diárias mais caras. Para o restante deste mês, as casas que sobraram já estão sendo ocupadas. O calor e a previsão de tempo seco têm sido os motivadores.

Anunciante em redes sociais e aplicativos
Experiente locadora na temporada de verão, a enfermeira Anelize Hausen anuncia sua residência no Laranjal desde 2010. Ela utiliza as redes sociais e os aplicativos como vitrine para atrair clientes. Localizada a 500 metros da orla da praia, a casa com dois quartos e piscina tem o valor da diária de R$ 290, mais taxa de limpeza e consumo de eletricidade.

Porém, para os veranistas que desejam mais de dez dias de hospedagem a proprietária concede descontos. Conforme Anelize, a casa já está alugada para praticamente toda a temporada de verão, até final de fevereiro. "Ainda estou oferecendo o mês de março com desconto também", conta.

Locatária no Laranjal
"Comparado ao outro ano em que procurei, em 2022, desta vez encontrei poucas opções", relata a estudante Alana Rosário sobrea busca por imóveis com piscina e localização próxima da orla para locação em fevereiro. Ela é uma das pessoas que alugam por pouco tempo. Desta vez, quer durante dois dias.

Assim como Anelize, Alana utiliza rede social, mas para buscar casas. Ela afirma que, com procura persistente, dá para encontrar diárias em conta. No entanto, alerta que é necessário cuidados diante das tentativas de golpe. "Havia muitas contas fakes visivelmente com tentativa de aplicar golpes, isso inclusive na minha publicação. Assim como também vi um número alto de denúncias nos grupos do Facebook."

Além do mês de janeiro, período requisitado devido às férias, em fevereiro a busca pela praia é intensa por causa do feriado em comemoração ao dia de Iemanjá e o Carnaval.


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