O índice de adolescentes protegidos contra o HPV ainda é baixo em Pelotas. Nos dois primeiros meses de 2018, foram apenas 301 jovens imunizados. Para reverter o quadro e seguir as recomendações do Ministério da Saúde, a prefeitura aposta na parceria entre as secretarias de Educação e de Saúde. Com a implementação do programa Saúde na Escola, a expectativa é de alavancar o número de adolescentes protegidos.

Segundo a enfermeira Ana Alice Maciel, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, a principal dificuldade na vacinação de adolescentes está na própria faixa etária, já que, geralmente, os pais se atentam ao calendário de vacinação das crianças e acabam deixando de lado a dos adolescentes. Para driblar esse problema, o programa Saúde na Escola leva a vacinação até os jovens em suas unidades de ensino. “A ação é muito positiva porque é prática: o adolescente não precisa se deslocar, a vacina é aplicada em um ambiente que ele já frequenta, em sua própria escola”, diz Ana Alice.

Mesmo com a campanha nas escolas, a vacina segue disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também no Centro de Especialidades. A proteção está disponível para meninos de 11 a 14 anos e para meninas de nove a 14 anos. A vacina precisa de duas doses para que a imunização seja efetiva, sendo que a segunda deve ocorrer seis meses após a primeira. Segundo dados do Ministério da Saúde, desde a incorporação da vacina HPV no Calendário Nacional de Vacinação, 79,2% das meninas de nove a 14 anos buscaram a primeira dose. Entretanto, apenas 48,7% delas completaram a proteção com a segunda dose.