Futuro

Projetos da UFPel se destacam quando o assunto é inovação

Ações buscam tornar a inovação um dos pilares da universidade; projeto Data INOVA foi reconhecido como uma “Boa Prática de Inovação”

Foto: Felipe Marques - Especial - Incubadora vem sendo um espaço de fomento à criatividade dentro da universidade

Por Victoria Meggiato
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Inovar para transformar a comunidade e o futuro. A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) é uma das principais do País quando o tema é inovação. Nos últimos tempos, projetos e ações têm como propósito tornar o tema como um dos pilares da universidade, além do Ensino, Pesquisa e Extensão. Recentemente, o projeto Data INOVA foi reconhecido como uma “Boa Prática de Inovação” no ranking das Universidades Empreendedoras de 2023, pela Brasil Júnior. 

Com a instituição da Política Institucional de Inovação, proporcionar um ambiente mais favorável à pesquisa, desenvolvimento e inovação se tornou um objetivo para a UFPel. Além do Data INOVA, são vários os projetos e ações pertencentes à instituição que buscam, cada vez mais, implementar práticas inovadoras. Dentre eles, a Semana Integrada (Siiepe) da universidade, que é destaque pelo Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação e a criação do Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para a Inovação (MAI-DAI). 

Data INOVA

Você sabe o que é inovação? Esse foi o questionamento do Data INOVA, projeto que investigou o conhecimento e percepções sobre inovação entre os membros da universidade, incluindo questões de gênero, diversidade e aspectos específicos da inovação na UFPel e na região. A iniciativa coletou dados para o planejamento e a implementação de estratégias de inovação, além de buscar promover o engajamento e a conscientização sobre o tema dentro da comunidade universitária. O questionário ficou circulando por quatro meses, tendo início no dia 3 de julho e finalizando em 31 de agosto, com cerca de três mil participantes. 

O coordenador do projeto, Vinícius Campos, conta como surgiu a ideia. “A gente começou a pensar em como poderia chegar nas pessoas da forma mais rápida possível, sem custo, vamos dizer assim, com um custo baixíssimo”, relembra. Para maior alcance, uma grande divulgação foi feita em torno da proposta. “Uma campanha massiva de divulgação para poder realmente chegar nas pessoas. A gente bolou faixas por todos os cantos, colocou essas imagens nos ônibus da universidade e ficamos mandando e-mails para os alunos, servidores e professores”. 

Recentemente, o projeto se destacou e foi reconhecido como uma “Boa Prática de Inovação” no ranking das Universidades Empreendedoras de 2023, pela Brasil Júnior, da Confederação Brasileira de Empresas Juniores. Vinicius destaca alguns dos fatores que levaram a esse reconhecimento. “Pelo grande número de participação de pessoas e por ser uma prática que não tinha sido feita ainda, uma prática nova”, ressalta. 

Projeto Cluster

Um projeto que obtém recursos para o desenvolvimento de bioprodutos focados no bem-estar animal. A proposta é uma parceria entre a universidade, a Fundação Universidade de Rio Grande (Furg) e as startups Algasul, de Rio Grande, e Nuinset, de Pelotas. “A nossa ideia é interagir com cooperativas, tanto do setor de produção de biomassa de algas ou as indústrias maiores, ou também as pequenas indústrias de frango”, afirma Claudio Pereira, coordenador do projeto. 

Os pesquisadores e empreendedores promovem a produção de biomassa de origem alternativa. Pereira destaca que a iniciativa contribui muito com a comunidade. “Na medida em que você tem uma startup, você pode ter outras, a fim de ter outros parecidos. Também se tem uma inovação tecnológica. O País tem que produzir produtos acabados e no futuro bioprodutos, que são produtos sustentáveis”. 

Dentro do projeto, uma das conquistas foi o Hub de Inovação Innovat B3, da UFPel, inaugurado no dia 7 de dezembro, financiado pelo Governo do Estado. A criação do Hub teve apoio da Inova - Superintendência de Inovação e Desenvolvimento Institucional da UFPel, e o espaço nasceu a partir do incentivo de R$ 2,6 milhões, por meio do edital Inova Cluster Tecnológicos, promovido em 2022 pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). A partir de então, dois contêineres passaram a funcionar como laboratórios.
Estímulo da visão empreendedora
Nos últimos anos, uma série de ações vêm sendo feitas para incluir ainda mais a inovação na universidade. Uma delas foi a Conectar, uma incubadora de empresas vinculada à UFPel, que foi a primeira a transferir sua sede para o Pelotas Parque Tecnológico, visando diminuir a quantidade de trabalho dos pesquisadores e melhorar a qualidade dos pedidos de patente. “Ela tem o propósito de estimular o empreendedorismo tentando, como a gente diz, tirar um produto da bancada, e pegar aquilo que é feito em termos de ciência e transformar isso em produto para ser disponibilizado para a sociedade”, diz Felipe Marques, coordenador do Escritório de Propriedade Intelectual, Transferência de Tecnologia e Empreendedorismo.
A Conectar é voltada tanto à comunidade acadêmica, quanto à sociedade em geral, apoiando projetos, dando suporte e assessorias, oferecendo infraestrutura e transformando essas empresas em empreendimentos competitivos e prontos para atuarem no mercado. “A Conectar tem esse perfil mais voltado a projetos científicos de uma forma geral. Apesar disso, ela não é restrita à comunidade da UFPel, ela é aberta para a sociedade como um todo, independente da origem do projeto”, finaliza Marques.

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