Revindicação
Protesto pede estacionamentos
Empresários da Marcílio Dias alegam que foram prejudicados com as mudanças no trânsito depois da obra de revitalização
Carlos Queiroz -
Protesto por estacionamentos ocorreu nesta segunda (Foto: Carlos Queiroz - DP)
Empresários que possuem seus estabelecimentos na rua Marcílio Dias reuniram-se nesta segunda-feira (22) para manifestar a insatisfação com as últimas obras realizadas na via. Desde o mês passado, nenhum veículo pode estacionar em nenhum dos lados da rua, fazendo com que fornecedores e clientes não tenham onde parar, tanto para realizar entregas como para comprar produtos. No entanto, as secretarias responsáveis pela obra acreditam que o problema com o estacionamento já foi solucionado através das paradas de carga e descarga nas ruas transversais, mas mesmo assim disseram estar dispostas a dialogar.
Um dos manifestantes é o empresário Ricardo Pinto. Ele garante que o grupo já tentou contato com a prefeitura mais de uma vez e nunca foi atendido. A maior queixa é sobre a dificuldade de estacionamento que seus fornecedores enfrentam e a falta de diálogo com o Poder Público. “É uma via que nunca teve engarrafamento”, disse, justificando que, na opinião dele, as mudanças ocorreram sem necessidade.
Marcela Timm trabalha com mantimentos para eventos, então, em função da pandemia da Covid-19, está parada desde março. “A gente está sobrevivendo da venda do balcão”, desabafou a comerciante, que garante que as vendas diminuíram ainda mais depois das modificações no trânsito. Com sete funcionários, a prioridade é mantê-los, mas relata que alguns fornecedores já estão se negando a realizar as entregas. Mesmo que exista uma parada de carga e descarga em uma rua transversal ao seu estabelecimento, Marcela conta que o local está sempre ocupado.
A manifestação também contou com a presença de moradores da redondeza. Glessy Diel mora na Marcílio Dias há mais de 40 anos e resolveu juntar-se ao grupo. O apoio veio por acreditar que os empresários envolvidos são pessoas que movimentam a economia da cidade e merecem ser ouvidos.
Manifestantes interromperam o trânsito para chamar a atenção (Foto: Carlos Queiroz - DP)
Contraponto
O responsável pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Roberto Ramalho, explicou que a requalificação da Marcílio Dias é uma obra de mobilidade completa, com extensão de dois quilômetros, entre a avenida Bento Gonçalves e a Praça do Colono. “Como é de conhecimento público, tínhamos um pavimento bastante danificado e com sinalização antiga que vinha causando acidentes”, frisou.
Sobre a mobilidade, Ramalho disse que foram feitas quatro pistas entre a Padre Felício e a Praça do Colono, “sendo que o estacionamento deve ser feito em ruas transversais ou nos recuos que são públicos, ou seja, os prédios da Lindolfo Collor até a Praça do Colono, no lado da Colina do Sol possuem um grande recuo e ali é público, podendo estacionar”. Já na na quadra em que houve a reivindicação, os prédios em frente não tem recuo, então, a solução foi criar um estacionamento de carga e descarga na rua transversal, a Artur Hameister.
Em relação à segurança, tanto a Seplag como a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (STT) enfatizaram a melhora, já que a via não possuía nenhuma travessia segura, e agora conta com duas faixas de segurança elevada e duas mini rotatórias. “Nosso sentimento é clara melhora, mas aceitamos críticas”, declarou Ramalho.
O secretário da STT, Flávio Al Alam, reforçou a implantação da carga e descarga e acredita que com essa ação o problema da falta de estacionamento esteja resolvido. “Mas estamos abertos ao diálogo”, completou.
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