Safra

Queda de ritmo na safra de camarão

Ventos fracos provocaram a diminuição da captura nos últimos dias em Pelotas

Carlos Queiroz -

Pescadores e vendedores de Pelotas tem se mostrado apreensivos desde o início da semana passada. O motivo é a redução na captura do camarão na Lagoa dos Patos notada pelos profissionais. Por conta disso, proprietários de bancas de pescados no Mercado Central, um dos principais pontos deste comércio na cidade, dizem estar preocupados com possíveis efeitos na Semana Santa, no começo de abril, época esperada por todos pela alta procura dos consumidores.

“A quantidade está muito menor do que a da semana passada. A gente espera que essa situação melhore, mas se essa falha continuar por muito tempo a Semana Santa vai ser complicada”, diz Paulo Wickboltt, dono de uma banca há 30 anos.

Apesar da preocupação, o presidente do do Sindicato dos Pescadores da Colônia Z-3 diz que a queda no ritmo de captura do camarão não deve perdurar. A causa para o problema dos últimos dias, segundo Nilmar Conceição, são os ventos fracos na Lagoa dos Patos. Logo, acredita que a falha na entrega do produto na última semana não seria um problema para as celebrações da Semana Santa.

“Nessa semana a produção foi muito baixa e deixou os pescadores preocupados. Não temos como saber até quando vai ser assim, se o vento mudar a safra já pode melhorar, mas dependemos da natureza. Esperamos que melhore logo, porque essa falha já aconteceu em outras épocas e depois voltou ao normal, deu camarão igual.”, explica Conceição.

Recuperação nas vendas

“Considerando o âmbito nacional, com a pandemia e a nossa economia, até que a situação não está ruim.” A avaliação é de Janaina Matos, também proprietária de peixaria no Mercado Central, há 16 anos. De acordo com ela, as vendas estão baixas comparadas aos anos anteriores a 2020, mas o público está retornando aos poucos e esse já é o melhor período de vendas dentro da pandemia.

Entretanto, o retorno gradual do fluxo de vendas não significa que o público está totalmente satisfeito com o preço do camarão. A consumidora Rosiane Braga, funcionária pública federal, diz que não tem o hábito de comprar o crustáceo justamente devido ao custo. “O preço baixou. Ainda não está bom, mas já dá pra comprar de vez em quando para alguma ocasião especial.”

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