Estrutura
Rachaduras ainda assombram moradores
No condomínio Regente, famílias já conseguiram voltar para suas casas; no Pestano a situação segue irregular
Paulo Rossi -
Situações bem parecidas em um curto espaço de tempo. Há cerca de três meses, moradores do loteamento Pestano e do bairro Areal tiveram suas residências interditadas em função de risco de desabamento dos prédios em que habitam. No residencial Regente, a situação está sendo resolvida e os moradores já estão de volta às suas casas; no Pestano, o contexto é um pouco diferente, pois o bloco segue impossibilitado de uso.
Os moradores do bairro Areal estão começando a ter as primeiras respostas. De acordo com uma moradora do local, os afetados retornaram para suas residências cerca de 20 dias após o ocorrido, mas de forma provisória, e tudo isso acompanhado de um monitoramento sistemático do engenheiro responsável e com a elaboração de laudos que são encaminhados aos Bombeiros. Conforme explica o sargento Madruga, os laudos são entregues à corporação mensalmente, desde agosto e seguem até janeiro, e têm o propósito de comprovar que as alterações estruturais não irão resultar em outra interdição.
Em seguida do bloqueio, uma denúncia foi protocolada no Ministério Público Federal (MPF). Segundo o procurador do município, Max Palombo, o órgão acionou a Caixa Econômica Federal, e o banco informou que estava elaborando um laudo e que iria solicitar uma autorização aos condomínios Par (Programa de Arrendamento Residencial) para disponibilizar apartamentos vazios aos moradores do Regente.
Uma moradora do condomínio, que preferiu não se identificar, conta que esses apartamentos já foram disponibilizados, e que agora os condôminos estão em fase de mudanças, tudo custeado pela Caixa. Os reparos das rachaduras também serão todos pagos pelo banco. Depois que os responsáveis pelos 16 apartamentos estiverem acomodados em suas residências provisórias as obras devem acontecer. “Acredito que em seis meses eu já esteja de volta para a minha casa”, disse.
Já no loteamento Pestano, a moradora Fernanda Nunes conta que uma série de reformas foi solicitada por um engenheiro acionado pelos Bombeiros e pela Defesa Civil. Segundo ela, os reparos foram feitos, mas não houve uma avaliação do serviço por parte dos que solicitaram. O Corpo de Bombeiros, através do sargento Madruga, afirmou que os 16 apartamentos seguem interditados. Para a liberação é necessária a apresentação do plano de prevenção contra incêndio e dos reparos apontados no laudo, como na ferragem exposta e no reboco. “Se estão usando os imóveis, estão assumindo o risco. Nós interditamos e até que sejam apresentados os laudos e seja feita nova vistoria, seguem interditados.”
Relembre
O primeiro susto foi em julho, quando depois de dias intensos de chuva, 16 famílias tiveram seus apartamentos, localizados no Pestano, interditados. Partes de concreto das paredes externas do bloco 30 caíram no telhado do apartamento térreo localizado na esquina das ruas Oito e Osmar da Rocha Grafulha. Além da queda, o prédio apresentou aumento nas rachaduras estruturais do edifício de quatro andares.
Em agosto, um problema semelhante assombrou a vida de moradores do condomínio Regente, no Areal. Outros 16 apartamentos foram interditados, pois apresentaram fissuras e desprendimento de vigas de estrutura.
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