O Estaleiro EBR divulgou no início da semana uma boa notícia para a Região Sul. A empresa de São José do Norte vai integrar um novo projeto de plataforma petrolífera. A seleção foi feita por uma companhia de Cingapura, subsidiária da japonesa Modec.

Serão fabricados e montados módulos em um número que compreenda o tratamento de água do topside, equipamento que fica situado acima do convés da plataforma de petróleo. A plataforma em questão é a Guanabara MV31, atualmente em construção pela Modec. Quando concluída, terá capacidade para processar 180 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia e deve entrar em operação na camada do pré-sal da Bacia de Santos, no litoral paulista.

A ideia é que o projeto tenha início ainda no primeiro trimestre de 2019, com um cronograma de entrega de 12 meses, de acordo com o que foi divulgado. O Estaleiro EBR participou no ano passado da construção da plataforma P-74.

Para o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Material Elétrico de Rio Grande e São José do Norte (Stimmmerg), Sadi Machado, a notícia é recebida com alegria, mas principalmente com muita cautela. O sentimento, aponta Sadi, é de que nem tudo se concretize como o esperado. “Não deve ser um projeto de 12 meses, nem com uma quantidade expressiva de contratações. Ficamos apreensivos com esta expectativa. Devem ser gerados pouco mais de 400 empregos diretos, o que é um grande recomeço, mas que não atende a toda nossa demanda”, explica.

Sadi frisa que Rio Grande e São José do Norte são municípios que estão na rota de navios mercantes e que há a possibilidade de haver mais projetos para que haja uma maior retomada na região, com a ocupação da mão de obra que hoje se encontra ociosa. “O mercado é bem amplo. Muitas vezes falta é vontade política e empresarial.”